Em meio à campanha para a OAB/DF, surgiu um outro embate, entre advogados e juízes. A chapa liderada pela advogada Thais Riedel prepara para amanhã (26), às 10h, um ato na frente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para exigir atendimento presencial de advogados nos fóruns do DF.
O movimento reclama de que prerrogativas de advogados têm sido desrespeitadas, dificultando a ampla defesa e prejudicando a população durante a pandemia, quando os atendimentos têm sido realizados por videoconferência.
“Magistrados têm usado a pandemia como justificativa para não atender advogados e têm cometido diversas violações de prerrogativa durante as audiências virtuais. A virtualização e a digitalização do Judiciário não podem prejudicar a defesa do cidadão”, afirma a líder do movimento, Thais Riedel.
Segundo os integrantes do movimento, microfones cortados em audiência, baixa tolerância com falhas da tecnologia e cerceamento do trabalho do advogado são alguns dos supostos abusos que vêm sendo cometidos pelos juízes durante este período de pandemia, com atendimento 100% virtual.
Reação
O Tribunal de Justiça do DF reagiu ao movimento com números em matéria publicada no site oficial. Segundo o informativo: “mesmo durante a pandemia da covid-19, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios manteve a integralidade da prestação de serviços à sociedade do Distrito Federal, com altos índices de produtividade”.
O TJDFT apresentou relatório Justiça em Números do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para atestar eficiência. “O TJDFT atingiu 100% no Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-JUS), que reflete a eficiência dos Tribunais, e 101,6%, no Índice de Atendimento à Demanda, o que significa que mais processos foram julgados do que os casos novos ajuizados no mesmo período”, diz o TJDFT.
São esperados cerca de 500 advogados para o ato desta terça-feira, em frente ao TJDFT. Thais Riedel diz que o movimento não é contra o avanço da tecnologia e a modernização do acesso à justiça, mas sustenta que o trabalho do advogado não pode ser prejudicado.
“A utilização de ferramentas tecnológicas é muito bem-vinda e certamente ajuda a assegurar a razoável duração do processo, princípio previsto constitucionalmente. Foi fundamental no período mais agudo da pandemia, garantiu o funcionamento do Judiciário e o andamento de alguns processos. Agora, com o avanço da vacinação e a redução no número de casos e mortes, é preciso retomar os atendimentos presenciais”, diz a advogada que está em campanha para a presidência da OAB-DF.
Ainda em publicação no site oficial, o Tribunal de Justiça ressaltou: “A Justiça não parou durante a pandemia: funcionou e continua funcionando bem. O TJDFT adequou seus procedimentos à nova realidade imposta pelo distanciamento social e modernizou a forma de atender aos membros do MP, advogados, defensores públicos, partes e ao público em geral, com o funcionamento dos órgãos e serventias na integralidade e com a prestação de serviços digitais”.
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