Arthur Antunes Coimbra, o Zico, receberá convidados de honra nesta quarta-feira, às 20h30, para a 19ª edição do Jogo das Estrelas, a maior partida de futebol beneficente do futebol brasileiro. A ação do Galinho começou, em 2004, no Centro de Futebol Zico (CFZ), chegou no Maracanã, passou pelo Engenhão, atual Nilton Santos, e aconteceu, inclusive, no Morumbi, em São Paulo.
Em uma entrevista recente com Zico, perguntei quando o Jogo das Estrelas pode montar o circo em Brasília, no Mané Garrincha. Ele foi ministro do Esporte, morou na capital do país e volta e meia está na cidade para ministrar palestras. Falta a cereja do bolo, um jogo festivo no Distrito Federal, onde o ídolo tem uma legião de fãs. Isso dificilmente acontecerá. O ícone do Flamengo justifica o motivo na entrevista concedida ao blog Drible de Corpo, em 25 de setembro deste ano (assista ao vídeo no fim do post).
O Jogo das Estrelas começou no CFZ, se consolidou no Maracanã, passou pelo Nilton Santos, Morumbi… Não falta uma edição em Brasília, na capital do país?
Zico: Nós só fizemos isso uma vez, que foi em São Paulo, na época (das obras) para a Copa do Mundo. A gente estava com problema no Maracanã. O Engenhão também estava com dificuldades, obras por causa da Olimpíada (de 2016). A gente foi para São Paulo, e o São Paulo cedeu o Morumbi. Foram dois anos lá.
É impossível tirar do Rio ou, quem sabe, fazer uma turnê por outras capitais?
Zico: É Rio de Janeiro, e vou dizer o motivo. É mais prático para jogadores. Não tem viagem. Eles vêm de fora para passar Natal ou réveillon. O jogo é sempre entre o Natal e o réveillon. Então, fica sempre mais fácil ser lá. O cara vai ficar no Rio, vai lá, perde três horas, vai e volta para casa. Lá tem também o cara que está como turista no Rio de Janeiro, também.
A logística é o maior empecilho então…
Zico: Se você vai botar mais viagem ainda no meio, aumenta o custo, e quem perde aí, quando aumenta o custo de um evento, são as entidades, porque a arrecadação é toda beneficente. Os jogadores não cobram um centavo para participar. A gente procura facilitar o máximo para ter os convidados ali. São eles que ajudam a levar o público. O público coloca no calendário isso, e é muito legal. Quando acaba, vou atender a todos. Vejo que há muita gente de fora do Rio.
Sem contar que é um evento pacífico…
Zico: É um momento legal, um momento que o jogo nem de segurança precisa, de policiamento. Por isso, a gente faz sempre no Rio de Janeiro. Recebo convite do Brasil inteiro. Não é somente Brasília (Mané Garrincha). É Manaus (Arena da Amazônia), Cuiabá (Arena Pantanal). Eu já não consigo jogar nem no Rio, viajar para ir a outros lugares para ficar sem jogar é complicado (risos).
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