O retorno do lateral-direito Rafinha ao futebol brasileiro oficializado nesta segunda-feira com o desembarque do ex-jogador do Bayern Munique no Rio deixa o profissional de 33 anos mais perto dos negócios que mantém no país. Um deles é justamente no Distrito Federal. Como publicou o blog em 27 de junho de 2017, o jogador do Flamengo inaugurou uma escolinha na capital do país na região de Vicente Pires — a R13 Fussball, assim mesmo, em alemão —, ao lado da Faculdade Mauá. Como ele morava na Alemanha, dificilmente tinha tempo de se deslocar até Brasília para acompanhar o investimento de perto. Hoje, são 60 “Rafinhas” em linha de produção.
Um dos sócios de Rafinha é o ex-zagueiro Scheidt, com passagem por Grêmio, Corinthians, Atlético-MG, Botafogo e Seleção Brasileira. A intenção, como disse Rafinha ao blog na entrevista publicada há dois anos, é aplicar a vitoriosa metodologia germânica na descoberta de novos talentos. A mensalidade custa R$ 140. O foco é revelar jogador, abrir as portas para testes em times.
“A Alemanha olha o futebol não somente como um esporte e o atleta como ser humano, Eles investem em educação, estratégia, infraestrutura, entre outros. A Alemanha se preocupa com o desenvolvimento do atleta dentro e fora de campo, e é isso que estamos trazendo para Brasília. Na parte dentro do campo, treinos específicos e organizados. Para os professores, uma formação contínua. Fora do campo, parcerias que vão possibilitar aos atletas oportunidades em várias áreas”, explicou em 2017.
A escolinha de Rafinha em Brasília trabalha com promessas de 5 a 17 anos. Algumas apostas foram encaminhadas para times do país, como Arthur, indicado ao Brasilis FC, clube do ex-zagueiro Oscar, titular da Seleção na Copa de 1982, na Espanha. Como as atividades são em gramado society, o estafe da R13 Fussball procura por um campo grande e negocia até parceiras com clubes da cidade para ampliar o negócio.
Na última mensagem aos alunos, Rafinha agradeceu: “Estou muito contente com o trabalho que tem sido desenvolvido aí pra vocês. A gente está sempre procurando levar coisas novas, o que a gente usa aqui na Europa e na Alemanha, os treinamentos, as táticas, os ensinamentos necessários para o desenvolvimento de um atleta para que possamos trazer mais um cinco, seis ‘Rafinhas’ para a Europa”, brincou no vídeo endereçado aos matriculados da escolinha.
Na entrevista ao blog quando iniciou o investimento, 0 lateral traçou o perfil de jogador que interessa ao futebol do Velho Continente. “A Europa procura jogadores inteligentes. O futebol não é mais só força e habilidade, precisa de obediência tática, técnica apurada, ou seja, saber jogar com a bola e sem a posse de bola”.
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