Marcos Braz O vereador Marcos Braz despencou de 40.938 votos em 2020 para 8.151 em 2024; Foto: Renan Olaz/CMRJ Marcos Braz caiu de 40.938 votos em 2020 para 8.151 em 2024; Foto: Renan Olaz/CMRJ

Vice de futebol do Flamengo, vereador Marcos Braz não se reelege no Rio

Publicado em Esporte

A carência de títulos do Flamengo e um episódio extracampo desgastaram e puniram o vice-presidente de futebol do Flamengo nas urnas. Candidato a vereador no Rio de Janeiro, Marcos Braz não conseguiu se reeleger neste domingo nas eleições municipais e diminuiu consideravelmente a quantidade de votos em relação a 2020. Ele não foi o único dirigente rubro-negro derrotado. Cacau Cotta também rodou. Entre os atletas aposentados, o campeão mundial em 1994 Bebeto na Cidade Maravilhosa, o ídolo do Cruzeiro Roberto Gaúcho em Belo Horizonte, o folclórico Beijoca em Salvador e a ex-oposta brasiliense Tandara, em São Paulo, não tiveram êxito.

 

Há quatro anos, Marcos Braz terminou o pleito com 40.938 votos na esteira do sucesso do Flamengo em 2019 e em 2020 sob o comando do técnico português Jorge Jesus. O time havia conquistado o bi da Libertadores e o Brasileirão em 2019, além da Taça Guanabara, Carioca, Recopa Sul-Americana e Supercopa do Brasil sob a batuta do lusitano. Nas últimas duas temporada, o clube ganhou apenas a Taça Guanabara e o Carioca deste ano. Nas urnas, Braz despencou para 8.151 votos. Nem mesmo os 130.480 votos do deputado mais votado do Rio, o correligionário Calos Bolsonaro (PL), conseguiram colocar o dirigente do clube da Gávea pelo coeficiente eleitoral em uma das 51 cadeiras em disputa.

 

Além dos maus resultados do Flamengo e das sucessivas crises administrativas e trocas de técnico no clube, um episódio extracampo desgastou a imagem de Braz. Ele agrediu um torcedor rubro-negro em um shopping na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O caso está solucionado, mas passou pela Justiça e feriu a imagem do braço direito do presidente Rodolfo Landim.

 

A presença de Marcos Braz e/ou de Cacau Cotta na Câmara Municipal do Rio de Janeiro era importante para a manutenção da força política do clube nos bastidores, principalmente depois da compra do terreno para a construção do estádio do clube. As denúncias de vereador ausente também minaram a candidatura do parlamentar e decretam o fim do mandato em dezembro.

 

Entre os jogadores, o atacante Bebeto (PSD), campeão da Copa do Mundo de 1994, teve o plano político frustrado. Bebeto conseguiu quase o mesmo número de votos de Marcos Braz. Assim como o dirigente do Flamengo, o parceiro de Romário no título mundial de 30 anos atrás não teve êxito.

 

Em São Paulo, a brasiliense Tandada (PL), medalhista de ouro com a Seleção feminina de vôlei nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 não conseguiu vaga de vereadora. Ela conseguiu 1.893 votos. Bronze em Sydney-2000 no basquete feminino, a ex-pivô Kelly Santos (Podemos) atraiu 310 eleitores.

 

Em Belo Horizonte, o ex-atacante Roberto Gaúcho conseguiu 1.202 votos. Em Salvador, o ex-atacante Beijoca teve 668 e o ex-zagueiro João Marcelo (PSD), campeão brasileiro em 1988 pelo Bahia, 354.

 

 

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