Vexame do Corinthians contra o Ituano ensina que não dá para seguir dependente de Renato Augusto

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Raí Ramos comemora o gol do Ituano no primeiro tempo do duel com o Corinthians. Foto: Divulgação/Ituano

 

O Corinthians é um time acéfalo sem Renato Augusto. Paulinho tentou emular o meia contra o Ituano alinhado com Adson, Giuliano e Róger Guedes no sistema tático 4-1-4-1. Fez até o gol de empate no primeiro tempo relembrando os velhos tempos de volante que pisava na área, principalmente sob o comando de Tite no próprio Timão e na Seleção Brasileira.

 

Paulinho só não contava com a vulnerabilidade alvinegra sem Renato Augusto. Não esperava o frango de Cássio no lance do gol de Raí Ramos. Muito menos as chances claras desperdiçadas pelo atacante Yuri Alberto e o volante Fausto Vera. Para piorar, Fábio Santos, Fágner e Gil erraram cobranças de pênalti. Todos são bons batedores, mas deu ruim. O inacreditável aconteceu na Neo Química Arena diante do pior dos classificados para as quartas de final do Paulistão. Sim, um vexame.

 

Infelizmente, um time do tamanho do Corinthians não pode ser refém do Renato Augusto. Considero excelente jogador. Gosto muito, muito, mesmo. No entanto, ele não tem mais saúde para ser o pilar do time de Fernando Lázaro. O jogador de 35 anos precisa ser tratado como um excelente acessório quando estiver 100% fisicamente e clinicamente. Não mais do que isso.

 

A eliminação precoce do Corinthians lança desconfiança sobre o trabalho de Fernando Lázaro, mas a diretoria precisa mantê-lo no cargo. É um técnico promissor carente de material humano. O elenco é limitado e envelhecido. A média de idade dos titulares era de 29,9 anos.

 

O Ituano tem a pior campanha entre os classificados para as quartas de final, mas não pode ter o passado recente desprezado. No ano passado, chegou à última rodada da Série B com chance de subir para a Série A. Lembram? Perdeu para o Vasco em um jogo duríssimo no Novelli Júnior. Portanto, há um trabalho sendo feito faz tempo. O Ituano foi campeão paulista em 2002 e 2014. Conquistou a Série C do Campeonato Brasileiro em 2021. Vale prestar atenção no projeto.

 

Fernando Lázaro consumiu créditos no Campeonato Paulista, mas recomenda-se que o Corinthians o mantenha no cargo para testes mais conclusivos sobre a capacidade dele de liderar o elenco. A fase de grupos da Libertadores e o início da Série A são ótimos parâmetros. O treinador terá mais de um mês para aprimorar as ideias para o restante da temporada.

 

A diretoria descarta mudança na comissão técnica, mas Fernando Lázaro conhece muito bem os bastidores do Corinthians. No início de 2022, o presidente Duílio Monteiro Alves bancou a continuidade do trabalho depois de uma derrota do Corinthians para o Santos pelo Paulistão, mas depois mudou rapidamente de ideia. Demitiu Sylvinho e justificou como correção de rota. O retrospecto incomoda. O Corinthians não ficava fora das semifinais do Paulista desde 2014.

 

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