Como mostrou o blog em um post anterior, as maiores sequências de vitória da Seleção em uma edição das Eliminatórias são das feras de João Saldanha antes da Copa de 1970 (6) e do time de Dunga na caminhada para o Mundial de 2010 (5). Tite chegou a quatro ao vencer a Venezuela por 2 x 0 nesta terça-feira, em Mérida, pela décima rodada, e igualou feitos de Zezé Moreira, Telê Santana e João Saldanha, que fizeram a quadra em seus quatro primeiros jogos nas Eliminatórias para a Copa do Mundo.
Em quatro rodadas, os papéis se inverteram. Tite herdou de Dunga um Brasil sexto colocado e o levou ao primeiro lugar. Na contramão, Edgardo Bauza recebeu de Gerardo “Tata” Martino uma Argentina vice-líder e despencou para a quinta colocação. Hoje, disputaria a repescagem contra um adversário da Oceania.
Mais do que a liderança, Tite devolveu ao Brasil a confiança necessária para reencontrar o palco de sua maior tragédia no próximo dia 10 de novembro — o Mineirão, aquele do 7 x 1 — será palco do clássico contra uma desesperada Argentina. Apesar do empate com o Peru e da derrota em casa diante do Paraguai, os hermanos desembarcarão em Belo Horizonte como número 1 no ranking de novembro da Fifa para enfrentar o futuro terceiro colocado no mesmo ranking. A seguir, as notas do blog para o jogo-treino de ontem contra a Venezuela.
Alisson
Bela defesa na finalização em impedimento de Martínez no segundo tempo e, principalmente, na cabeçada de Rondón.
Nota: 7
Daniel Alves
Na defesa foi uma avenida para Peñaranda. Quando deu tempo, consertou o atraso na base da experiência. No ataque faltou sintonia com Willian.
Nota: 6
Marquinhos
Nota: Antenado nas bolas aéreas. Sofreu um pouco para cobrir os atrasos de Daniel Alves. Foi providencial ao evitar gol de Rondón na etapa final. Quatro jogos com Tite e apenas uma falta cometida. Mas fez gol contra diante da Colômbia.
Nota: 7
Miranda
Jogou tão sério que chegou a arriscar — e acertou — um drible seguro na saída de bola. Eficiente nas bolas alçadas na área e sem vergonha de dar bico pra frente quando foi necessário.
Nota: 7
Filipe Luis
O capitão protegeu bem seu setor, exceto em um avanço de Guerra. No ataque, cansou de levantar a mão pedindo bola e ninguém “viu”. Poderia ter sido mais acionado, mas como mão se chama Marcelo…
Nota: 6
Fernandinho
Algumas faltas duras e atrasos na marcação deixaram a defesa exposta no primeiro tempo.
Nota: 6
Willian
O xodó de Dunga precisava demais do gol para ganhar moral na era Tite. Mas também para dar uma alegria à mamãe, que está muito doente. Tanto que o elenco todo o abraçou no gol.
Nota: 7
Taison
Só deu tempo de arriscar uma arrancada e sair com bola e tudo.
Sem nota
Renato Augusto
É o Representante de Tite em campo. Enxerga bem o jogo, lidera o meio de campo se movimentando por todos os lados e foi até lateral-esquerdo no belíssimo cruzamento para o gol de Willian.
Nota: 8
Paulinho
Não merece ser titular neste momento. Perdeu ao menos três gols feitos, não foi tão eficiente na marcação e recebeu cartão amarelo em um jogo fácil como o de ontem depois de cumprir suspensão contra a Bolívia. Ainda não justificou a aposta de Tite.
Nota: 5
Philippe Coutinho
Esforçou-se para ser o Neymar. Roubou bola, deu assistências, buscou jogo pela esquerda, se atrapalhou em algumas finalizações e perdeu ao menos dois gols.
Nota: 6,5
Giuliano
Se era para entrar deveria ter sido no lugar de Paulinho. Reforçou a marcação e só.
Sem nota
Gabriel Jesus
Persistente e oportunista na lambança do goleiro, craque no toque de cobertura e moleque na história das Eliminatórias: o primeiro a marcar quatro gols com menos de 20 anos na seletiva da América do Sul: 19 anos e 191 dias. Início promissor.
Nota: 8
Sul-americanos mais jovens a marcar quatro gols nas Eliminatórias:
19 anos e 191 dias Gabriel Jesus (Brasil)
20 anos e 151 dias Farfán (Peru)
20 anos e 299 dias Agüero (Argentina)
21 anos e 118 dias Marcelo Moreno (Bolívia)
21 anos e 277 dias Messi (Argentina)
Tite
Não joga, mas tem seus méritos. Em quatro jogos, alçou o Brasil do sexto lugar para a liderança. E com um início arrasador: vitórias sobre Equador e Venezuela fora e Colômbia e Bolívia em casa. Doze gols marcados e apenas um sofrido — contra, de Marquinhos. Deu até para deixar o time um pouco relaxado no jogo-treino com a Venezuela para o clássico de 10 de novembro contra a Argentina, em Belo Horizonte. Só não merece nota máxima porque está insistindo horrores com Paulinho.
Nota: 9
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