técnicos portugueses Atual bicampeão da Libertadores, Abel Ferreira desbancou Arce. Foto: Matheus Maranhão/Arena BSB Atual bicampeão da Libertadores, Abel Ferreira desbancou o Cerro, de Arce. Foto: Matheus Maranhão/Arena BSB

Tricampeões da Libertadores, técnicos portugueses são maioria nas quartas e podem invadir a semifnal

Publicado em Esporte

A definição de todos os classificados para as quartas de final da Libertadores reforça o sucesso da escolha portuguesa de técnicos em solo sul-americano. Campeões das últimas três edições, eles serão maioria na próxima fase da corrida pelo título continental. São três comandantes lusitanos — Abel Ferreira (Palmeiras), Vítor Pereira (Corinthians) e Pedro Caixinha (Talleres) — contra dois brasileiros (Luiz Felipe Scolari e Dorival Júnior), dois argentinos (Ricardo Zielinski e Antonio Mohamed) e o uruguaio Alex “Cacique” Medina, ex-Internacional.

 

A superioridade dos patrícios é ainda mais impressionante se levarmos em conta os últimos três campeões da Libertadores. Todos são portugueses. Jorge Jesus levou o Flamengo ao bi, em 2019. Abel Ferreira brindou o Palmeiras com o bi e o tri em 2020 e 2021. Vale lembrar que poderiam ser quatro técnicos lusitanos se Paulo Sousa não tivesse perdido o emprego. Ele comandou o Flamengo na fase de grupos e foi substituído por Dorival Júnior no mata-mata.

 

A fase dos portugueses é tão impressionante no mercado sul-americano que não haverá mata-mata entre eles nas quartas de final. Consequentemente, há possibilidade de que todos, dois, um ou nenhum alcance as semifinais. O atual bicampeão Abel Ferreira terá pela frente o argentino Antonio Mohamed. Vítor Pereira medirá forças com Dorival Júnior. Pedro Caixinha enfrentará Alex “Cacique” Medina na próxima fase. É praticamente oito ou oitenta.

 

Para se ter uma ideia, a última vez que a Libertadores foi conquistada por um técnico nascido na América do Sul faz quatro anos. Marcelo Gallardo levou o River Plate ao título em uma decisão contra o Boca Juniors, do compatriota Guillermo Schelotto. De lá para cá, os portugueses descobriram a América do Sul passaram a empilhar conquistas continentais.

 

Lançada a partir de 2019, a final da Libertadores em jogo único só teve lusitanos como campeões. Embora o jogo do título tenha sido disputado no Santiago Bernabéu, em Madrid, na Espanha, a decisão de 2018 entre Boca e River foi a última com duelos de ida e volta.

 

Portugal pode protagonizar na Libertadores algo que a Champions League jamais viu: quatro conquistas consecutivas de um técnico do mesmo país. O francês Zidane foi tricampeão à frente do Real Madrid no tricampeonato de 2016 a 2018. A Alemanha viu três profissionais diferentes protagonizarem o mesmo sucesso: Jurgen Klopp, Hansi Flick e Thomas Tuchel.

 

O hipotético quarto título português igualaria as maiores sequências de técnicos de um mesmo país na competição. A Argentina conseguiu a proeza de 1967 a 1970 e depois de 1972 a 1975. O Brasil enfileirou quatro técnicos no alto do pódio: Celso Roth, Muricy Ramalho, Tite e Cuca. Eles que lutem para conquistar o título e não estragar a festa da dona da casa.

 

A nacionalidades dos técnicos nas quartas

  • Portugal
    Abel Ferreira: Palmeiras
    Vítor Pereira: Corinthians
    Pedro Caixinha: Talleres
  • Argentina
    Antonio Mohamed: Atlético-MG
    Ricardo Zielinski: Estudiantes
  • » Brasil
    Luiz Felipe Scolari: Palmeiras
    Dorival Júnior: Flamengo
  • Uruguai
    Alexander Medina: Vélez Sarsfield

 

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