Nunca antes na história do futebol candango, o Campeonato do Distrito Federal havia sido decidido nas cobranças de pênaltis. A primeira vez aconteceu neste sábado. Depois do empate por 1 x 1 no placar agregado — soma dos placares dos jogos de ida e volta —, o Sobradinho conquistou o tricampeonato e encerrou jejum de 32 anos. O Leão não faturava o troféu desde o bi, em 1985 e 1986. Aos 35 anos, Victor Santana entra para o almanaque do torneio como primeiro técnico nascido no Distrito Federal a conquistar o título candango. O ex-atacante é praticamente um estreante na profissão Victor está no cargo faz três meses e contou ao blog antes da decisão como levou o Sobradinho à final.
Há vários casos de prorrogação na história das finais do Candangão. Decisão por pênaltis no último jogo, valendo o título do campeonato, é a primeira vez. O levantamento do blog começa em 1959, quando o torneio foi disputado pela primeira vez — antes mesmo da inauguração da capital — até 2018, com o título do Sobradinho em cima do Brasiliense.
O curioso é que até vaga de torneio olímpico de futebol havia sido decidida nos pênaltis em solo candango, e o campeonato local não. Nos Jogos do Rio-2016, por exemplo, a Suécia eliminou os Estados Unidos, da goleira Hope Solo, no Mané Garrincha, e avançou às semifinais da competição. Nenhuma partida foi para os pênaltis em Brasília na Copa das Confederações de 2013, na Copa do Mundo de 2014 nem no torneio masculino das Olimpíadas.
O título do Sobradinho tem muitos heróis. A começar pelo jovem técnico Victor Santana, de apenas 35 anos. Ele foi uma aposta do então presidente Túlio Lustosa, o Túlio Guerreiro, volante com passagens, entre outros times do futebol brasileiro, por Botafogo e Figueirense. Na retaguarda, a experiência do veterano treinador Reinaldo Gueldini. Dentro das quatro linhas, brilharam as estrelas do goleiro Maicon, do centroavante Michel Platini — artilheiro com 11 gols — e do zagueiro Rambo, autor da última cobrança do Sobradinho.
Representante do DF na Série D do Campeonato Brasileiro deste ano, o Brasiliense perdeu a chance de conquistar o décimo título local e encostar no recordista Gama. O Jacaré continua com nove troféus e o alviverde tem 11. O primeiro semestre do clube foi terrível. Com um elenco caro para a realidade local, o Brasiliense foi eliminado da Copa Verde pelo Atlético Itapemirim-ES e da Copa do Brasil pelo Oeste, de Itápolis. Terminou a primeira fase do Candangão em terceiro lugar e perde o título para o modesto Sobradinho.
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