Adversários nas quartas de final da Copa do Brasil no duelo entre Flamengo e Athletico-PR, Dorival Júnior e Luiz Felipe Scolari já vestiram a mesma camisa. O comandante rubro-negro foi jogador do treinador do Furacão no Grêmio na longínqua temporada de 1993.
Aos 31 anos, o então volante Dorival tinha o nome de guerra de Júnior. Depois de quatro temporadas no Palmeiras, o paulista de Araraquara desembarcou em Porto Alegre para trabalhar com três treinadores diferentes. Iniciou o ano sob a batuta de Sérgio Cosme, passou a ser liderado por Cassiá, com quem conquistou o Estadual, e foi jogador de Felipão por três meses nas disputas do Brasileirão e da Supercopa dos Campeões da Libertadores.
Felipão tinha 45 anos e ostentava título nacional. Dois anos antes, havia levado o modesto Criciúma ao título da Copa do Brasil. Iniciava a segunda passagem pelo clube depois de levá-lo ao título gaúcho em 1987. Com Dorival Júnior e companhia sob a responsabilidade dele, iniciou, em 1993, um dos períodos mais vitoriosos da história do tricolor gaúcho.
Júnior não continuou no elenco em 1994. Seguiu para o Juventude, depois defendeu a Matonense e pendurou as chuteiras no Botafogo de Ribeirão Preto. Enquanto isso, Felipão conquistava a torcida do Grêmio e o país com um título da Copa do Brasil (1994) Libertadores (1995), Campeonato Brasileiro e Recopa Sul-Americana (1996). além de um bicampeonato estadual nas edições consecutivas de 1995 e 1996.
No ano em que o Felipão levava o Brasil ao título da Copa do Mundo, Júnior passou a assinar como Dorival Júnior. Ele começou a carreira de técnico na Ferroviária-SP, onde nasceu. Deixou a função de auxiliar-técnico do Figueirense para ajudar a Locomotiva a entrar nos trilhos e escapar do rebaixamento no Paulistão de 2002 com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas antes de retornar ao Figueirense no papel de gerente de futebol.
Siga no Twitter: @marcospaulolima
Siga no Instagram: @marcospaulolimadf