A série de cortes na Seleção Brasileira no período de treinos para a terceira e a quarta rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa 2022 faz Tite sofrer mais do que o antecessor Dunga. Há quatro anos e meio, o capitão do tetra sofreu horrores no entra e sai de jogadores antes de fechar o elenco de 23 jogadores para a edição centenária da Copa América.
Em 2016, Dunga perdeu seis jogadores. O centroavante Ricardo Oliveira, o goleiro Ederson, o lateral-direito Rafinha, o meia Kaká e o atacante Douglas Costa foram cortados por causa de lesões. O volante Luiz Gustavo pediu dispensa alegando problemas pessoais.
Os problemas começaram antes mesmo da convocação. O Barcelona não abriu mão de conceder férias a Neymar em troca da liberação para os Jogos Olímpicos do Rio. Houve problema até de falta de documento. Dunga tentou chamar Gabriel Jesus, mas o então jogador do Palmeiras não tinha sequer passaporte. Consequentemente, não poderia embarcar rumo aos Estados Unidos. O saldo final dos problemas foi a vergonhosa eliminação na fase de grupos da Copa América em uma chave teoricamente fácil contra Equador, Peru e Honduras.
Tite vive um drama maior. Acumula oito cortes por motivos variados. Rodrigo Caio (Flamengo), Philippe Coutinho (Barcelona), Fabinho (Liverpool), Neymar (PSG) e Pedro (Flamengo) foram cortados devido a contusões. Eder Militão (Real Madrid), Casemiro (Real Madrid) e Gabriel Menino (Palmeiras) deixaram o grupo após testarem positivo para covid-19.
Alex Telles (Manchester United) pode ser a próxima baixa no elenco para o duelo desta terça contra o Uruguai. O exame do lateral-esquerdo deu positivo. Para o jogador entrar em Montevidéu, a CBF terá de provar que o jogador não está mais com o vírus.
A série de problemas obrigou Tite a trocar Rodrigo Caio por Diego Carlos (Sevilla). Eder Militão saiu para entrada de Felipe, Phlippe Coutinho cedeu a vez a Lucas Paquetá, Fabinho foi substituído por Allan, Casemiro perdeu lugar para Bruno Guimarães, Neymar abriu brecha para Pedro, o próprio Pedro saiu e chegou Thiago Galhardo. O técnico da Seleção Brasileira preferiu não chamar ninguém para o lugar de Gabriel Menino.
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