A menos que a fase eliminatória do Candangão, das quartas de final em diante, seja um surpreendente sucesso de bilheteria, o campeonato local terá a pior média de público em 10 anos: 471 pagantes. O levantamento descarta 15 partidas com portões fechados.
O blog apurou a plateia nos boletins financeiros da Federação de Futebol do Distrito Federal. Dos 66 jogos previstos para a primeira fase, apenas um está pendente. O duelo entre Gama e Real, pela 11ª rodada, só será disputado após o fim da paralisação total do torneio por tempo indeterminado. Três dos seis jogos da última rodada chegaram a ser disputados nos centros de treinamento do Gama, Brasiliense e Real. Não há previsão para a retomada da competição. A CBF convocará as 27 federações para adaptar o calendário.
Dos 65 jogos disputados na primeira fase, 15 tiveram portões fechados: quatro por falta de documentação — laudos por exemplo — e 11 devido à pandemia do novo coronavírus. O público total nos estádios nas 50 partidas com público foi de 23.584 pagantes.
Embora tenha o carinhoso apelido de “Gamão do Povão” batizado pelo narrador local Marcelo Ramos, o atual campeão do Distrito Federal não lidera o ranking entre os clubes. O primeiro lugar é da torcida do Unaí. O time do Entorno levou em média 1.032 pagantes aos cinco jogos disputados com torcida no Estádio Urbano Adjuto. O Gama vem logo atrás com 1.027 em quatro mandos. Como tem uma partida pendente, o Alviverde pode ultrapassar. Em terceiro lugar vem o Formosa, com 920 torcedores e o Capital em quarto, com 724. O Paranoá é o lanterna com 93 pagantes por jogo.
Em meio a tantos perrengues, o Candangão registra menos de 500 pagantes por jogo pela primeira vez em 10 anos. Até então, os piores índices eram de de 2018 (660) e de 2012 (639). Passou de mil em em 2013, 2015 e 2019, e atingiu o pico em 2014: 2.367 pagantes.
Falha minha: No ranking dos clubes faltou incluir o Paranoá, que tem a pior média de público entre os 12 clubes: 93 pagantes por partida.
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