Finalista da Libertadores pela primeira vez depois de eliminar o Peñarol por 6 x 3 no placar agregado das semifinais, o Botafogo tem em quem se inspirar para conquistar o título inédito na final marcada para o próximo dia 30, no Estádio Minumental de Núñez, em Buenos Aires.
O time carioca pode ser o segundo a erguer a taça depois de ser submetido a uma fase prévia do torneio — a popular Pré-Libertadores.
Na história da Libertadores, apenas um clube conseguiu esse feito: o Estudiantes de La Plata da Argentina. Em 2009, o timaço liderado em campo por Sebastian Veron e fora dele pelo técnico Alejandro Sabella precisou passar pelo Sporting Cristal para acessar a fase de grupos.
Conseguiu e ganhou moral. Avançou às oitavas em segundo lugar atrás do Cruzeiro no Grupo 5, eliminou Libertad, Defensor e Nacional na etapa de mata-mata e desbancou o Cruzeiro na final.
O Olimpia do Paraguai saiu da fase preliminar para o vice em 2013 contra o Atletico-MG. O Independiente del Valle do Equador também em 2016 ao perder a Glória Eterna para o Atlético Nacional de Medellin da Colômbia.
Portanto, aos supersticiosos de plantão, há uma coincidência: o Botafogo foi da Pré-Libertadores à final contra um adversário mineiro, o Atlético. Qualquer semelhança com a campanha do Estudiantes em 2009 não é mera coincidência.
Como escrevi ontem, o Botafogo oficializou a final inédita entre duas SAFs na Argentina, o país cada vez mais inclinado a liberar SADs a fim de que os times do país vizinho se fortaleçam e diminuam o abismo esportivo e financeiro.
É o sexto título consecutivo do Brasil na Libertadores. Somente a Inglaterra fez isso na prima rica Champions League de 1977 a 1982 com Liverpool, Nottingham Forest e Aston Villa. O Brasil coleciona 24 troféus contra 25 da Argentina na sala de troféus do torneio. Uma superioridade sem precedentes.
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