Seis campos de futebol do Distrito Federal custam aos cofres do GDF R$ 2.514.240,19 por ano, ou R$ 209.520,16 por mês. É o que apontam as atas das últimas licitações para a implantação e/ou manutenção dos campos de jogo de seis estádios da cidade: Mané Garrincha (Brasília), Bezerrão (Gama), Serejão (Taguatinga), Augustinho Lima (Sobradinho), Rorizão (Samambaia) e Juscelino Kubitschek (Paranoá). Apesar do altíssimo investimento em tempos de crise econômica, apenas dois dos seis estão prontos para receber jogos do Candangão: Mané Garrincha e Bezerrão.
A última licitação para implantação e/ou manutenção de gramados ocorreu em dezembro do ano passado para obras nos campos de jogo do Augustinho Lima, Serejão, Rorizão e JK. A busca pelo lance mais barato no pregão presencial partiu de R$ 1.540.438,59 — soma dos quatro lotes de serviço. No fim das contas, as empresas foram contratadas por um pouco menos: R$ 1.525.930,19. O Distrito Federal virou um mercado tão atraente para empresas especializadas nas obras, que sete firmas de várias partes do país participaram das disputas.
A licitação para a implantação e manutenção do gramado do Augustinho Lima, em Sobradinho, partiu de R$ 315.718,64. Três empresas disputaram a licitação. A Quatror ofereceu a obra por R$ 313.621,72 e ganhou o direito de realizar o serviço. Se a burocracia permitir, em uma previsão muito otimista, o Augustinho Lima pode ficar pronto, ao menos, para a fase de mata-mata do Candangão. O mesmo não se pode afirmar de Serejão, Rorizão e JK.
Quatro empresas disputaram as obras no Juscelino Kubitschek, no Paranoá. O preço inicial era R$ 378.709,38. A LG Engenharia arrematou o serviço por R$ 374.008,47. O Serejão, que durante um bom tempo foi arrendado ao Brasiliense, está abandonado. A previsão inicial de gasto com a implantação e manutenção do novo gramado era de R$ 444.548,87. O serviço foi arrematado por R$ 438.500,00 pela Total Arquitetura e Urbanismo. O valor máximo pelas obras no campo de jogo do Rorizão começaram em R$ 401.461,70. A obra ficou por R$ 399.800,00, oferecida pela Garden Center.
No ano passado, houve licitação para outros dois gramados do DF. Um deles, o Mané Garrincha. O contrato de um ano foi fechado com a Greenleaf, a mesma que cuida, por exemplo, do Maracanã e do Ninho do Urubu, do Flamengo, por R$ 775.000,00. O gramado do Bezerrão também passou por licitação e o contrato anual foi firmado com a Garden Center por R$ 213,310,00.
No fim das contas, os contratos anuais de implantação e/ou manutenção dos gramados do Mané Garricha, Bezerrão, Serejão, Augustinho Lima, Rorizão e JK custam juntos R$ 2.514.240,19, ou R$ 209.520,16 por mês. Segundo uma fonte, os valores variam de um mês para o outro de acordo com a demanda, mas o orçamento previsto e publicado nas atas que o blog teve acesso é esse.
Para o desespero dos clubes que vão disputar o Candangão, apenas dois dos seis campos de jogo citados nas recentes licitações estão aptos a receber jogos a partir do fim de semana: Mané Garrincha e Bezerrão. Como as licitações foram feitas em cima da hora, os outros quatro aguardam trâmites burocráticos e podem ficar prontos, sim, mas para o Candangão de… 2018! Afinal, no segundo semestre, apenas dois clubes vão participar da Série D do Campeonato Brasileiro: o Ceilândia, que manda seus jogos no Abadião, e o Luziânia, cuja casa é o Serra do Lago. Muito dinheiro para pouco futebol.
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