Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldo Fenômeno, não é mais pré-candidato à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Jogador eleito três vezes melhor do mundo, campeão da Copa em 1994 e em 2002, comunicou a decisão na manhã desta quinta-feira de não concorrer com o atual mandatário, Ednaldo Rodrigues, no pleito deste ano.
O ex-jogador divulgou um texto na conta oficial dele no Instagram listando os motivos para a desistência. “Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, inicia o artilheiro da Copa do Mundo de 2002.
O ex-dono do Cruzeiro e atual proprietário do Valladolid acrescenta: “Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada”, argumenta Ronaldo.
O ex-pré-candidato detalha como foi a busca por apoio para inscrever a chapa dele. Pelo estatuto da CBF, ele dependia do apoio de quatro federações e de quatro clubes para entrar na disputa. “No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo”.
Ronaldo conclui: “O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções. Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, inicialmente, o diálogo, a transparência e a união”, encerra o ex-candidato à presidência da CBF.
A saída de Ronaldo deixa o caminho aberto para a possível reeleição de Ednaldo Rodrigues para o próximo quadriênio. O atual mandatário pode convocar eleição a partir do próximo dia 23. Se não houver um adversário entre os oito vices ou algum presidente de federação, a tendência é pelo triunfo do atual presidente por aclamação ainda neste mês.
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