É impressionante a capacidade recente do Corinthians de se virar sem um centroavante raiz, o camisa 9 de ofício. Foi assim com Danilo por um tempo. Emerson Sheik, Guilherme e Rodriguinho também cumpriram bem o papel. Decisivo nas vitórias sobre o Cruzeiro e o Vasco neste domingo, no Mané Garrincha, o paraguaio Romero é o matador postiço da vez.
Homem da virada por 4 x 1 sobre o Vasco ao marcar três vezes, Romero está perto de bater o recorde pessoal de gols em uma temporada com a camisa do Corinthians. Em 2016, ele balançou a rede 13 vezes em 53 jogos. Nesta temporada, são 10 em 33 partidas. Cinco nas últimas duas exibições.
O técnico Osmar Loss formatou o Corinthians no sistema tático 4-2-3-1. Pedrinho, Jadson e Clayson formaram a linha de três armadores, com Romero no papel de homem de referência do ataque. Ocupou a função de centroavantes raiz que brilharam na função. Ronaldo no título da Copa do Brasil de 2009. Liedson no penta do brasileiro em 2011. Vágner Love no hexa de 2015. Jô no hepta do ano passado. Uma baita responsabilidade. Mas Romero deu conta.
O falso nove soube aproveitar a assistência de Jadson no lance do gol de empate. Infilrou na pequena área para completar o cruzamento de Pedrinho no gol da virada. Viu Jadson converter a penalidade sofrida por Mateus Vital e apareceu na cara do gol para marcar o quarto após assistência de Emerson Sheik.
Romero tem 37 gols com a camisa do Corinthians. Em números absolutos, o falso nove superou um autêntico centroavante ídolo da torcida — Ronaldo, o Fenômeno. Em breve, pode se tornar o segundo maior artilheiro estrangeiro do clube. À frente dele só aparecem o argentino Tévez (46) e o peruano Guerrero (54).
- Maiores artilheiros no século
55 Dentinho
54 Guerrero
53 Gil
50 Liedson
46 Tévez
44 Jadson
43 Jô
42 Chicão
41 Elias
37 Deivid e Romero- Fonte: Rodolfo Rodrigues (Placar)
Goleado mais uma vez na temporada, o Vasco é o clube que teve mais pênaltis a favor neste Brasileirão: cinco. Artilheiro do time nesta Série A, Yago Pikachu fez a parte dele e abriu o placar. Mas o Vasco, de Jorginho, continua com o mesmo problema do Vasco de Zé Ricardo. Sofre muitos gols. Não achei pênalti em Mateus Vital no segundo tempo, mas o time carioca foi tão inferior ao Corinthians na etapa final que o erro do árbitro não fez tanta diferença no placar final no Mané Garrincha.
Inaceitável é o Vasco encerrar o mês de julho com 66 gols sofridos! Isso não é Vasco.
E ainda falta agosto, setembro, outubro, novembro e o início de dezembro.