Primeira onda
O Botafogo não passou no primeiro teste do líder. Ao empatar com o Red Bull Bragantino, o Palmeiras deixou o Glorioso com a faca e o queijo na mão para abrir quatro pontos de vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro. O time de Luis Castro falhou. Saiu na frente com o gol do artilheiro isolado Tiquinho Soares, mas sofreu a virada. É preciso deixar claro para a torcida alvinegra: oportunidades como essa não podem ser desperdiçadas jamais. Afinal, o time alviverde só perdeu duas vezes na temporada: uma para o Bolívar com o time reserva na Libertadores e outro diante do Água Santa no primeiro duelo da final do Paulistão.
Segundas intenções
A regularidade do Palmeiras deixa o time ali, rondando a liderança, como se fosse uma cobra venenosa prestes a dar o bote. Ou uma aranha que tece a teia à espera da presa. O time de Abel Ferreira pontua até quando não está em um bom dia, como no empate por 1 x 1 diante do Red Bull Bragantino. A equipe paulista inclusive escapou da derrota nos últimos minutos. Um pouco mais de capricho na finalização e o Bragantino teria virado a partida no Allianz Parque.
Terceira via
Em um campeonato que ainda tem os ricos e badalados Flamengo e Palmeiras como favoritos ao título, o Fluminense cada vez mais se credencia como quem está correndo por fora. A vitória contra o Cuiabá foi tranquila e calma. Na medida. Com direito a se poupar para o Fla-Flu. Dois registros: que passe do Marcelo na trama do gol do zagueiro Nino. E que fase do meia Paulo Henrique Ganso. Ouso dizer que o novo técnico da Seleção, seja quem for, testará o camisa 10.
Quarto poder
Há um rodízio na quarta posição. O dono da vez é o Cruzeiro. Fique de olho no que faz o técnico Pepa com elenco tão limitado. Bacana ver a humildade do centroavante Henrique Dourado ao falar do quebra pau com Bruno Rodrigues pela cobrança de pênalti. Deu passos atrás, reconheceu o erro, falou em família e viu que há espaço para todos. Inclusive para marcar. Gilberto fez dois, Dourado, um, e Marlon deixou o dele nos 4 x 0 contra o América-MG.
Sexto sentido
Repara na classificação quem está ocupando o sexto lugar. O Atlético-MG começa a reagir. Assim começou a campanha do título de 2021, hein. O triunfo de sábado contra o Internacional foi no Mineirão, mas, há dois anos, a arrancada rumo ao título teve início com um triunfo importantíssimo contra o adversário colorado dentro do Beira-Rio. O atacante chileno Eduardo Vargas abriu o placar. Paulinho, o melhor custo-benefício, ampliou.
Sétima arte
Que pintura o golaço do São Paulo contra o Corinthians, na Neo Química Arena, no empate insosso por 1 x 1. A bola passou de pé em pé e teve a assinatura de Dorival Júnior. O torcedor do Flamengo mais atento deve ter se espantado com o desfecho do lance. O lateral-direito Rafinha faz uma ultrapassagem sincronizada pela direita, recebe a bola de Wellington Rato e cruza na medida para Michel Araújo estufar a rede de Cássio. Quantas vezes Rodinei fez isso em parceria com Éverton Ribeiro?! Dorivalismo.
Oitavas à parte
Dos 15 times da Série A classificados para as oitavas de final da Copa do Brasil com início nesta terça-feira, apenas cinco, um terço, venceu na sexta rodada do Campeonato Brasileiro: Flamengo, Fluminense, Santos, Cruzeiro e Athletico-PR. Nem o Sport conseguiu três pontos na Série B. Foi um fim de semana com freio de mão puxado. Vários times mais focados na largada da quarta fase do mata-mata do que na responsabilidade que tinham nas partidas do fim de semana.
Nona mia
A nona posição do Flamengo é vergonhosa se levarmos em conta quem está à frente do time rubro-negro: Cruzeiro, um time promovidos recentemente da Série B; além do Santos, um concorrente cambaleante. Impressiona a dificuldade do Flamengo contra adversários que têm jogadores expulsos. O time não conseguiu se impor com um ou dois jogadores, por exemplo, na final da Libertadores contra o Athletico-PR. Foi assim também recentemente diante de Botafogo, Racing e Bahia. Falta a tal contundência.
Décima praga
Odiado pela torcida do Corinthians desde a transferência para o Flamengo depois de alegar que não renovaria com o Timão por causa de problemas familiares, especificamente relativos à sogra, o técnico Vítor Pereira deve estar soltando uma praga atrás da outra contra a equipe alvinegra. Talvez, esteja na décima: a entrada da equipe na zona de rebaixamento depois do empate por 1 x 1 com o São Paulo e a vitória do Goiás contra o Botafogo. Lá se vão cinco partidas consecutivas sem triunfo desde os 2 x 0 contra o Remo.
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