A noite desta terça-feira será especial para um personagem amado por duas nações tricolores: Grêmio e Fluminense. Protagonista do tricampeonato do time de Porto Alegre na Libertadores em 2017, no La Fortaleza, a casa do Lanús, o técnico Renato Gaúcho visitará o estádio nesta terça-feira, às 21h30, oito anos depois, com a prancheta do clube carioca pelas quartas de final da Copa Sul-Americana.
A partida precisa servir como trampolim para Renato Gaúcho retomar as grandes conquistas. A Libertadores de 2017 é o último título relevante, pesado, do treinador na carreira. Depois de montar aquele timaço do Grêmio, o treinador limitou-se a ganhar estaduais.
Renato empilhou pentacampeonato no Gaúcho nas edições de 2018 a 2024. Ganhou também a Recopa Gaúcha nas edições de 2018, 2019, 2020, 2023 e 2024 e a Recopa Sul-Americana em 2018.
O comandante do Fluminense tem potencial para mais. Guiou o Grêmio ao vice-campeonato no Brasileirão de 2023 liderando o centroavante uruguaio Luis Suárez e terminou atrás apenas do Palmeiras à época. Dois pontinhos separaram o campeão do vice.
O nome de Renato Gaúcho volta e meia aparecia na lista dos técnicos brasileiros cotados à sucessão de Tite. O convite não chegou por vários motivos. Um deles, a resistência e até mesmo o preconceito com aos métodos de trabalho de um treinador considerado “boleiro”.
O outro, o posicionamento político de Renato Gaúcho. O técnico sempre se posicionou como bolsonarista diante uma entidade aliada da esquerda na gestão do ex-presidente Ednaldo Rodrigues.
O trabalho no Fluminense é bom, principalmente, nos torneios eliminatórias. Levou o time às semifinais na primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da Fifa depois de eliminar a Internazionale na caminhada, está nas semifinais da Copa do Brasil depois de desbancar o forte Bahia e tenta ficar entre os quatro na Copa Sul-americana tendo no caminho novamente uma pedra chamada Lanús.
Encerrar a temporada com a conquista da Copa Sul-Americana ou da Copa do Brasil, quem sabe de ambas, pode ser o passo necessário para a retomada das grandes conquistas. Respeitamos títulos estaduais, mas, repito, Renato Gaúcho tem potencial para mais. Deve, por exemplo, um título no Campeonato Brasileiro ao próprio currículo. Afim, nem só de Copas viverá um técnico.
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