A volta de Renan Lodi ao país para vestir a camisa do Atlético-MG é simbólica. Os clubes brasileiros continuam repatriando laterais esquerdos relevantes nos seis anos e meio de trabalho do técnico Tite na Seleção no período de agosto de 2016 a dezembro de 2022.
Há um êxodo reverso. Quem trabalhou na Europa até pouco tempo voltou ao país e escancara uma dura realidade. Há demanda por laterais esquerdos brasileiros de ponta no mercado interno e a solução está lá fora. Faltam reposições lá fora e as soluções não estão aqui dentro. O Atlético conta com Guilherme Arana, mas ele passa a ter Lodi como concorrente. O reforço estava no Al-Hilal da Arábia Saudita.
Em 2019, o Flamengo repatriou do Atlético de Madrid Filipe Luís. Ele se aposentou e virou técnico. O Fluminense trouxe de volta Marcelo do Real Madrid em 2023, outro ídolo que pendurou as chuteiras. Ambos foram convocados por Tite para a Copa do Mundo de 2018.
Há quatro anos, os laterais do Brasil na Copa do Mundo de 2022 no Catar foram Alex Sandro e Alex Telles. Os dois atuam no Brasil. O Flamengo contratou Alex Sandro no ano passado. O Botafogo buscou Alex Telles para assumir uma posição até então carente no clube.
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Os melhores laterais esquerdos do país voltaram ao mercado nacional. Faltam referências nos principais clubes da Europa. Quem está empregado no Velho Continente não defende clubes do primeiro escalão em uma demonstração da carência do Brasil antes da Copa.
Douglas Santos veste a camisa do Zenit São Petersburgo. Carlos Augusto defende a Internazionale. Caio Henrique joga no Monaco. Outros dois laterais esquerdos chamados por Carlo Ancelotti atuam no país: Alex Sandro (Flamengo) e Luciano Juba (Bahia).
Renan Lodi era cotado para disputar a Copa do Mundo em 2022 até falhar no gol de Di María na final da Copa América de 2021 no Maracanã. Ele erra o tempo da bola, o meia-atacante invade a área pela direita e encobre o goleiro Alisson no lance decisivo da partida.
Tite só voltou a convocá-lo no ano seguinte depois do erro. Lodi enfrentou a Tunísia em 2022 em um amistoso no Parque dos Príncipes, em Paris. Alex Sandro e Alex Telles se firmam até a Copa e ganham as vagas. Renan Lodi voltou a ser chamado pelo técnico Fernando Diniz nas Eliminatórias para a Copa de 2026. Enfrentou a Bolívia em Belém, o Peru em Lima e a Colômbia em Barranquilla até sumir do mapa nas listas de Dorival Júnior e Carlo Ancelotti.
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