No que depender do presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), o Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília, entrará no calendário da MotoGP na temporada de 2025 da principal categoria do esporte sobre duas rodas. Pelo menos é o que indica o ex-piloto e atual presidente da entidade, o português Jorge Viegas.
O executivo lusitano praticamente cravou a possibilidade em entrevista ao canal do piloto, empresário e advogado Edson Luiz em participação no podcast Papo Com Mamute.
“Queres uma notícia em primeira mão? Com certeza?”, perguntou Viegas. “Tudo indica que, em 2025, em princípio, vamos ter MotoGP no Brasil”, revelou.
Ele foi além: “Mas você não sabe aonde. Quer saber? Brasília. A ideia é irmos ao Brasil. Se calhar vai desaparecer a Argentina (no calendário) e vamos para o Brasil”, projeta Viegas.
A temporada da MotoGP tem 20 etapas. Apenas duas são disputadas nas Américas: uma em Austin, nos Estados Unidos; e outra em Santiago del Estero, na Argentina.
O Brasil não recebe uma etapa da MotoGP desde 2004. À época, a prova rolou em outro Autódromo Nelson Piquet, o de Jacarepaguá, no Rio. O circuito carioca foi extinto. O japonês Makoto Tamada (Honda) venceu a última corrida em solo brasileiro. O italiano Max Biaggi e o estadunidense Nicky Hayden fecharam o pódio. Alex Barros concluiu em quinto.
A FIM deseja voltar ao Brasil faz tempo, mas esbarra na falta de credibilidade do país. Em 2019, a entidade vazou anúncio semelhante. O plano era realizar uma etapa em um autódromo projetado para sair do papel em Deodoro, na Zona Norte do Rio. As obras seriam lideradas pelo consórcio Rio Motopartk — vencedor da licitação à época. A construção virou imbróglio e continua apenas na planta.
O Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília, passa por uma interminável reforma. Há seis dias, a Stock Car anunciou o cancelamento da 11ª etapa agendada para 26 de novembro justamente por causa da lentidão nas obras do circuito da capital do país. O DF foi substituído no calendário pelo Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel (PR).
Brasília não recebe evento desde 2014. As reformas iniciadas em 2021 são custeadas pelo BRB e estão concentradas no asfalto. De lá para cá, foram canceladas três provas da Stock Car na capital do país nas temporadas de 2021, 2022 e 2023.
“Lamentamos que não dê tempo para competir em Brasília em 2023, mas estamos felizes de que as obras estejam em andamento. É muito importante para qualquer esporte ter presença na capital federal. Então, não nos importamos em esperar mais um pouco, queremos é ter Brasília de volta”, ponderou Fernando Julianelli, CEO da Vicar.
A reforma do autódromo é uma promessa de campanha do governador do Distrito Federal até a conclusão do mandato. Reeleito no ano passado, ele ocupará o Palácio do Buriti até dezembro de 2026. “O que importa é colocar o autódromo em funcionamento, se é para Indy, Fórmula 1, tanto faz. Quero o local novamente funcional. Existe interesse de grandes corridas em virem para o DF”, defendeu o político ao firmar o pacto com a cidade.
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