Inimigo da Confederação Brasileira de Futebol em 1999, o Gama buscou uma reaproximação com a cúpula da entidade nesta quinta-feira, 17 anos depois do “Caso Sandro Hiroshi”. Odiado pelo então presidente Ricardo Teixeira por processar a entidade na Justiça comum pelo direito de permanecer na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, impedi-la de organizar a competição em 2000 e forçar a criação da Copa João Havelange, o alviverde distribuiu mimos a dirigentes da CBF na sede da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Eleito presidente do Gama no fim do ano passado, Weber Magalhães – ex-vice-presidente da CBF pela Região Centro-Oeste na administração de Ricardo Teixeira e chefe da delegação do penta em 2005, entregou uma camisa do Gama ao atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e ao secretário geral, Walter Feldman. Uma fonte que testemunhou o encontro contou ao blog que, durante o encontro, Del Nero se mostrou um pouquinho desinformado. Enquanto recebia também o presidente recém-eleito do Fluminense, Pedro Abad, tomou um susto ao saber que o Gama, campeão brasileiro da Série B em 1998, hoje é um clube fora de série, ou seja, não disputa nenhuma das divisões do Campeonato Brasileiro. Surpreso, o cartola quis saber o motivo. Ouviu que o alviverde caiu nas semifinais do Campeonato Candango no ano passado diante do Luziânia. Logo, não teve direito de participar da quarta divisão no ano passado e muito menos em 2017. As vagas deste ano são de Luziânia e Ceilândia, finalistas do DF no ano passado.
Campeão brasiliense em 2015, o Gama disputou a Série D do Brasileirão no mesmo ano e terminou em 19º lugar. Na edição passada, chegou à terceira fase de uma outra competição nacional, a Copa do Brasil. Eliminou ABC-RN e América-RN e só foi eliminado pelo Santos. O Gama também foi vice-campeão da Copa Verde. Perdeu o título do torneio organizado pela CBF para o Paysandu, no Bezerrão.
O encontro do Gama com a CBF ocorre dois dias depois de o Correio publicar que uma dívida de R$ 3.500 do clube com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) impedia o alviverde de disputar competições organizadas pela entidade em 2017. Na quarta-feira, o Gama quitou a pendência e está apto a participar dos torneios.
Entenda o que foi o Caso Sandro Hiroshi
Em 1999, o atacante de descendência japonesa atuou pelo São Paulo mesmo estando “bloqueado” pela CBF por irregularidades nas negociações entre o clube que o revelou (Tocantinópolis) e o que o vendeu ao São Paulo (Rio Branco). Descobriu-se, depois, que Hiroshi era gato, ou seja, havia adulterado sua idade. O Botafogo, que perdeu para o São Paulo de Hiroshi por 6 x 1, e o Inter, que empatou por 2 x 2, conseguiram ganhar os pontos das partidas nos tribunais. O resultado livrou o Botafogo do rebaixamento e colocou em seu lugar o Gama. O alviverde recorreu à Justiça comum contra a CBF, que foi punida. Com isso, o Brasileirão de 2000 foi organizado pelo Clube dos 13 e não pela entidade que máxima do futebol nacional. Batizado de João Havelange, o torneio teve quatro módulos (116 clubes de três divisões), sem rebaixamento, e proporcionou o retorno à elite de Flu e Bahia.
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