Precisamos falar sobre a temporada de Alan Patrick e a frustração do Inter contra o Nacional

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Elogiamos Ganso (Fluminense), enchemos a bola de Raphael Veiga (Palmeiras), nos derretemos por Arrascaeta (Fluminense), valorizamos Eduardo (Botafogo), mas vale a pena lembrar de um meia fundamental para o Internacional na temporada. Se há um jogador cheio de razão para ter saído aborrecido do gramado do Parque Central, em Montevidéu, depois do empate com o Nacional do Uruguai, por 1 x 1, ele se chama Alan Patrick.

O maestro colorado tem três gols em cinco jogos nesta edição da Libertadores. O último deles justamente nesta quarta-feira.  Um lance construído pela linha de três articuladores posicionada atrás de Luiz Adriano. Alan Patrick inicia o lance centralizado, aciona Pedro Henrique em velocidade na esquerda e recebe a bola de volta na entrada da área para marcar um belo gol.

Alan Patrick marcou contra o Independiente Medellín, balançou a rede do Metropolitanos e agora deixa a marca dele no Nacional. O meia fez gol nos três adversários do Grupo B. Quem se atreve a reclamar de um desempenho pessoal fantástico como esse? O camisa 10 acumula 10 gols em 29 partidas. São três na Libertadores, três na Copa do Brasil e quatro no Gaúcho.

O sentimento de Alan Patrick depois da partida era de frustração. Motivo: o Internacional conseguiu fazer uma boa partida dentro da proposta de Mano Menezes. O time se impôs fisicamente, domou a fanática torcida do Nacional e teve oportunidade de consolidar a vitória quando estava à frente no placar. Vacilou e repetiu o enredo. Sofreu gol no fim da partida.

“Tivemos oportunidades de matar a partida. A equipe deles (Nacional) é muito forte na bola aérea e sofremos. Fica uma sensação amarga”, desabafou Alan Patrick depois da partida. Frustração de quem tentou 50 passes e acertou 41. Índice de 82% segundo dados do Sofascore.

O mapa de calor do Alan Patrick é insano. Posicionado na maioria das vezes do meio para a esquerda, mas com deslocamentos importantíssimos no campo defensivo. Por essas e outras, o muro de lamentações do capitão com o gol de Bruno Damiani aos 44 minutos do segundo tempo faz todo o sentido. O Internacional precisa acabar com essa mania de recuar e desperdiçar pontos no encerramento das partidas. Por causa disso, o duelo da última rodada contra o Independiente Medellín ganhou relevância de decisão na última rodada da fase de grupos.

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Marcos Paulo Lima

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