A Confederação Brasileira de Futebol tem bons nomes para a sucessão de Marco Aurélio Cunha na função de Coordenador das Seleções Femininas. Basta levar em conta na escolha o mérito, o engajamento com o desenvolvimento, o crescimento da modalidade no país, e não apenas questões políticas. Há mulheres competentes militando na elite do futebol nacional e em cargos administrativos com bagagem para assumir o desafio. Uma fonte da CBF disse ao blog que a CBF avalia a situação com calma e evitou traçar o perfil procurado pela entidade. Mas há bons nomes. Lembrei-me de alguns. É sobre isso que trata este post.
A ex-zagueira Aline Pellegrino foi indicada mais de uma vez a cargos administrativos. A última delas em 2017, quando as jogadoras recomendaram o nome dela ao cargo de diretoria do departamento de futebol feminino. Considero favorita. Medalha de ouro no Pan do Rio-2007, prata nos Jogos Olímpicos de Arena-2004 e vice-campeã da Copa do Mundo em 2007, a ex-capitã da Seleção tem muitas milhas acumuladas no futebol feminino e a técnica Pia Sundhage sabe quem é ela.
Aline Pellegrino é diretoria de futebol feminino da Federação Paulista de Futebol (FPF). Foi treinadora e supervisora de futebol. Em tese, um fator facilitaria a ida dela para a CBF: a parceria com Ana Lorena Marche. A responsável pelo sucesso da Ferroviária, campeã brasileira em 2019 passou a trabalhar neste ano com Aline. É coordenadora. Em último caso, tocaria o setor.
Por sinal, Ana Lorena Marche também tem currículo para herdar o cargo de Marco Aurélio Cunha. Além de ter acumulado sete títulos como dirigente na Ferroviária, é mestre em educação física, trabalhou na Universidade do Futebol e foi coordenadora d as divisões de futebol feminino da Ferroviária. Portanto, Ana Lorena e Aline Pellegrino são opções fortes.
Um dos nomes indicados à CBF é Eduarda Luizelli, a Duda, coordenadora de futebol feminino do Internacional. Em 2017, o trabalho dela foi acompanhado de perto pela CBF. Ela chefiou as delegações coloradas sub-14 e sub-16 na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), durante o Torneio de Desenvolvimento e Licenciamento de Clubes realizado pela CBF. Duda também tem serviços prestados e elogiados à Federação Gaúcha de Futebol. Portanto, é, sim, uma opção.
Outro nome forte na CBF é Cristiane Gambaré, a mulher à frente do sucesso do Corinthians. Campeão da Copa do Brasil 2016, da Libertadores em 2017 e em 2019, do Campeonato Brasileiro em 2018 e Paulista no ano passado, a ex-jogadora de basquete seguiu o caminho do futebol feminino aos 21 anos e não saiu mais. Com ela à frente do departamento de futebol feminino, o Timão acumulou invencibilidade de 48 partidas.
Além do excelente trabalho, é antenada com trabalhos sociais como o de prevenção de câncer de mama. A CBF tem valorizado cada vez mais iniciativas como essa. Uma das virtudes de Cris Gambaré é o corte do cordão umbilical do Corinthians com o ex-parceiro Audax. Coube a ela fazer o time caminhar sozinho. Um influente dirigente fez elogios a ela em um bate-papo com blog. “Essa dirigente do Corinthians é bastante experiente”.
Outras profissionais lembrada com menos intensidade nos bastidores da CBF são Renata Capobianco Machado, a Renatinha, e Dilma Mendes. Há três anos, ambas estiveram cotadas ao departamento de futebol feminino. Independentemente do nome escolhido, está claro que a entidade máxima do futebol brasileiro tem ótimas referências femininas para assumir a missão de ajudar Pia Sundhage a levar o Brasil ao inédito ouro nos Jogos de Tóquio e pavimentar o caminho para a Copa 2023, provavelmente em casa. Opções não faltam. Está provado. E olha que posso até ter esquecido alguém…
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