Sabe aquele ditado “Deus ajuda quem cedo madruga”? Desafiada pela perda do jogo Brasil x Venezuela das Eliminatórias para a Copa do Qatar-2022 depois de o gramado do Mané Garrincha receber nota baixa da CBF, em outubro de 2020, a firma responsável pela manutenção do campo fará vigília e despertará os funcionários da cama na madrugada deste domingo.
O blog apurou que os últimos retoques no piso do Mané Garrincha, como corte e reforço das linhas brancas, começarão às 5h30 da manhã, ou seja, cinco horas e meia antes do horário marcado para o início da final da Supercopa do Brasil entre Flamengo e Palmeiras. A empresa responsável pelo serviço é a Greenleaf, parceira, também, da dupla Fla-Flu no gramado do Maracanã. O plano é entregar um campo de excelência três horas antes da partida — como exige a CBF. Neste sábado, os técnicos Rogério Ceni e Abel Ferreira, o meia Diego e o volante Felipe Melo caminharam pelo gramado.
O preparo do piso para o jogo mobilizou uma força-tarefa, principalmente, na área norte do campo, voltada para o autódromo. A área recebe pouca luz natural. Os agrônomos entenderam que era necessário fortalecer o plantio à sombra para aumentar a resistência. Houve trabalho de revitalização com cortes baixos mais agressivos, top dressing e nutrição. A frequência de cortes e pulverizações foliares para manter o equilíbrio também aumentou.
A Arena BSB joga pesado para convencer a Conmebol de que é capaz de abrigar a final da Copa Sul-Americana em 2021, 2022 ou 2023. Daí a cobrança por excelência não somente para a Supercopa, mas, principalmente, para os duelos do Santos contra o San Lorenzo pela terceira fase preliminar da Libertadores, terça-feira; e a decisão da Recopa Sul-Americana entre Palmeiras e Defensa y Justicia, na quarta-feira. A concessionária responsável pelo estádio desde o ano passado entende que esses três jogos são fundamentais para novos negócios, inclusive a reconquista do direito de receber a Seleção Brasileira no segundo semestre.
“Ficamos vários meses vendo a grama crescer e agora o trabalho foi recompensado com esse jogo”, comentou o CEO da Arena BSB, Richard Dubois, em entrevista ao blog.
Em outubro do ano passado, a Comissão Nacional de Inspeção de Estádios (CNIE), órgão da Diretoria de Competições da CBF, deu nota 6,1 para o gramado do Mané Garrincha em uma vistoria realizada pela equipe técnica da entidade. O grupo alegou que não haveria mudança significativa no piso do Mané Garrincha até a realização da partida do Brasil contra a Venezuela. À época, estava prevista manutenção justamente no lado norte do gramado, em direção ao autódromo, devido à falta de iluminação natural.
Na opinião da Comissão Nacional de Inspeção de Estádios, o gramado do Morumbi, sim, estava apto a ser o palco de Brasil x Venezuela, disputado em novembro de 2020, em São Paulo. O piso da casa do São Paulo atingiu nota 9,5 na escala de avaliação da entidade máxima do futebol. “A alteração da sede da partida, anteriormente marcada para o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, obedeceu aos critérios de qualidade de gramado, prioridade da CBF na escolha dos estádios onde joga a Seleção Brasileira”, alegou o comunicado oficial.
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