A alegria voltou ao rosto dos jogadores do Corinthians na noite heroica. Foto: SCCP
Ida: Grêmio 1 x 1 Cruzeiro
Volta: Cruzeiro 0 x 1 Grêmio
Classificado: Grêmio
O técnico Pepa é neófito no calendário do futebol brasileiro. Jogar no limite contra o Flamengo, no Maracanã, como fez no último sábado, cobraria caro. A conta chegou no duelo de volta com o Grêmio. O time celeste jogou fora o bom empate por 1 x 1 construído em Porto Alegre. Villasanti abriu o placar e o time de Renato Gaúcho se comportou como sabe em duelos eliminatórios: suportou a pressão até o fim. Lamentável o estado do gramado do Mineirão, apenas um dos estádios da Copa de 2014 com o piso castigado nove anos depois do torneio. Se há um legado que não ficou no futebol brasileiro é o dos bons tratos ao campo de jogo.
Ida: Atlético-MG 2 x 0 Corinthians
Volta: Corinthians 2 x 0 Atlético-MG
Classificado: Corinthians
Abordei aqui no blog: Vanderlei Luxemburgo tinha um plano de trás para a frente em curto prazo: o primeiro era tornar a defesa sólida para não sofrer gol. A segunda, estruturar o meio de campo para a inserção de Renato Augusto no setor. O terceiro, entregar ao meia a chave do time, como nos velhos tempos. Luxa sempre teve um maestro. Marcelinho e Ricardinho no Corinthians, Alex no Cruzeiro, Elano e Ricardinho no Santos… Renato Augusto mudou o patamar do time. Róger Guedes e Cássio vestiram a capa de super-heróis. Por falar em personagens, Hulk foi poupado pelo técnico Eduardo Coudet para o clássico com o Cruzeiro pela nona rodada do Brasileirão! Tem base isso??? O argentino menosprezou o Timão e a força da Fiel, em Itaquera. Impressionante a freguesia do Galo: sete vitórias do Corinthians e apenas uma do Atlético-MG em oito mata-matas.
Ida: América-MG 2 x 0 Internacional
Internacional 3 (4) x 1 (5) América-MG
Classificado: América-MG
Um é pouco, dois é bom, três é demais. Mano Menezes conseguiu ser eliminado de um torneio mata-mata pela terceira vez em pouco mais de um ano. Isso é grave. Sobretudo quando esse time abriu 3 x 0 e tinha nas mãos o placar necessário para avançar às quartas. Sofreu o gol do empate e desandou. Perdeu nos pênaltis do mesmo jeitinho das eliminações contra o Melgar na Copa Sul-Americana do ano passado e diante do Caxias nas semifinais do Campeonato Gaúcho. O Coelho é um time bipolar. Amarga a vice-lanterna na Série A, derrotou apenas o Fortaleza em oito rodadas, mas joga como se não houvesse amanhã no mata-mata nacional. Os questionamentos voltarão a atormentar a vida do prestigiado técnico Mano Menezes.
Ida: Athletico-PR 3 x 2 Botafogo
Volta: Botafogo 1 (2) x 0 (4) Athletico-PR
Classificado: Athletico-PR
O Furacão tem o que falta ao Glorioso: a manha de jogar torneios como a Copa do Brasil. Basta lembrar que o Athletico-PR conquistou recentemente uma Copa do Brasil (2019) e duas edições da Copa Sul-Americana. Na temporada passada, decidiu a Libertadores contra o Flamengo. O elenco é praticamente o mesmo do vice continental. Portanto, a experiência pesou no duelo com o Botafogo. O time alvinegro liderou o placar na ida e na volta. Pagou caro por ter sofrido a virada no primeiro round. Um detalhe relevante: foi a primeira decisão por pênaltis do Botafogo em um gramado sintético. O Athletico está mais acostumado e sobreviveu.
Ida: Santos 0 x 0 Bahia
Volta: Bahia 1 (4) x 1 (3) Santos
Classificado: Bahia
De um lado, um time bancado por dinheiro do Grupo City, dos xeques do Emirados Árabes Unidos. Do outro, um clube em negociação com a QSI, o fundo de investimento do Qatar interessado em comprar a SAF do Santos Futebol Clube. O Bahia se antecipou na provável rivalidade entre os dois países do Oriente Médio e cortou o mal pela raiz nesta edição da Copa do Brasil ao varrer o Peixe da competição nacional. Campo das finanças à parte, o duelo das oitavas de final pode ter sido um ensaio brasileiro do que vemos na Europa, por exemplo, nos confrontos entre Manchester City e PSG – brinquedinhos dos vizinhos Emirados Árabes Unidos e Qatar no mundo árabe. Quando clubes-estado se encontram é muito mais que um jogo.
Ida: Palmeiras 3 x 0 Fortaleza
Volta: Fortaleza 1 x 0 Palmeiras
Classificado: Palmeiras
O atual campeão brasileiro é seguro até quando perde. As três derrotas do time aconteceram dentro do planejado. A primeira foi aquela diante do Água Santa no jogo de ida da decisão do Paulistão. A segunda, proposital. Abel Ferreira mandou um time reserva para o duelo com o Bolívar na altitude de 3.600m de La Paz. Nesta quarta, o alviverde ostentava uma vantagem de 3 x 0 construída na ida. Portanto, entrou em campo confortável na Arena Castelão. Quem insiste em espanar é Abel Ferreira. Expulso pela oitava vez desde o desembarque no Brasil, ele acumula também 42 amarelos. Resumindo: são 50 cartões somente em terras tupiniquins. Quanto ao Fortaleza, lamento a ausência do bom time tricolor nas quartas de final.
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