A pandemia do novo coronavírus começa a mexer no bolso de badalados técnicos de seleção. Um surpreendeu ao tomar a iniciativa e propor redução salarial à Federação Colombiana de Futebol. Outro aceitou o corte sugerido pela Federação Inglesa (FA, na sigla em inglês). E há treinador que praticamente não teve direito a escolha.
O português Carlos Queiroz assumiu a seleção da Colômbia depois da Copa do Mundo. Tem a missão de classificar o país para a Copa do Mundo do Qatar em 2022. Ciente da crise econômica internacional, o treinador manifestou o desejo de ganhar menos durante a pandemia e surpreendeu o presidente da federação, Ramón Jesurún.
“Desde o início da pandemia, o professor Queiroz e a sua equipa técnica, muito generosamente, revelaram disponibilidade para reduzir os seus salários. Um gesto de cavalheiro. No primeiro momento, não foi necessário, mas agora chegou o momento”, admitiu o dirigente em entrevista à rádio colombiana Caracol.
Carlos Queiroz está em Portugal com a família e ouviu uma promessa de Ramón Jesurún. “Dissemos ao professor Queiroz que, quando regressar à Colômbia, normalizaremos o salário. Ele retornará assim que a pandemia passar”, disse o dirigente.
Quarto colocado na Copa do Mundo da Rússia em 2018, Gareth Southgate se enquadrou na política de cortes da Federação Inglesa. O pagamento dele terá corte de 30%. O CEO da entidade, Mark Bullingham, havia indicado o procedimento e o treinador aceitou.
No espírito daqueles com salários mais altos assumindo responsabilidade maior, a equipe de gerenciamento sênior concordou em cortar salários em 15%, com os mais bem remunerados da organização concordando em reduzir em até 30%”, explica o CEO no site da FA. A medida atinge ainda o treinador da seleção feminina da Inglaterra, Phil Neville, e o comandante da esquadra inglesa masculina sub-21, Aidy Broothroyd.
O contracheque do colombiano Reinaldo Rueda também passará por atualização. A Associação Chilena de Futebol comunicou ao ex-técnico do Flamengo a diminuição dos rendimentos financeiros. A ANFP anunciou um plano de contingência para lidar “de maneira eficiente e responsável com a complexa situação econômica do futebol chileno devido à pandemia”.
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