New Jersey — Adversário do Palmeiras nesta quinta-feira pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, o Al Ahly é um dos responsáveis por uma frustração do técnico Rogério Micale. O brasileiro comandou a seleção Sub-23 do Egito nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Chegou às semifinais, foi eliminado pela França e perdeu a disputa da medalha de bronze para Marrocos. Um dos motivos teria sido a resistência do clube mais popular e vitorioso do país de ceder mais jogadores ao elenco dos Faraós.
“Um dos meus maiores problemas ao não conquistar uma medalha foi não ter contado com mais jogadores do Al Ahly. O maior time do Egito é a base da seleção nacional com os estrangeiros. Essa foi a minha maior dificuldade nos Jogos Olímpicos”, lamenta o treinador em entrevista ao blog. Marrocos goleou o Egito por 6 x 0 na decisão do terceiro lugar.
O Al Ahly cedeu apenas três jogadores para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 no ano passado: o goleiro Hamza Alaa, o lateral-esquerdo Ahmed Nabil Koka, titular do Al Ahly contra o Palmeiras nesta quinta-feira, e Karim El Debes. A frustração foi não ter contado com mais talentos do clube egípcio no elenco, ou seja, um plantel mais forte.
Mesmo desfalcado de mais jogadores do Al Ahly, o Egito fez uma campanha surpreendente na fase de grupos da Olimpíada. Terminou em primeiro lugar no Grupo C com direito a vitória por 2 x 1 contra a medalhista de ouro Espanha e o Paraguai nas quartas de final.
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Protagonista da primeira medalha de ouro do Brasil no futebol olímpico nos Jogos do Rio-2016, Micale comandou a seleção sub-23 do Egito em 16 jogos no período de 5 de agosto de 2022 a 9 de agosto de 2024. Foram oito vitórias, três empates e cinco derrotas. Sob o comando dele, o time nacional marcou 27 gols e sofreu 20. Micale também comandou a esquadra principal do Egito em seis exibições no meio do ano passado com três vitórias, um empate e três derrotas. No bate-papo com o blog, ele projetou o duelo com o Palmeiras.
Com a experiência de quem trabalhou na Arábia Saudita, nos Emirados Árabes Unidos e no Egito, ele prevê um jogo encardido. “Não vai ser um jogo fácil, não. É a base da seleção do Egito. A mudança do treinador em cima da competição, ideias novas e a adaptação ao novo treinador dentro da competição podem pesar”, alerta Rogério Micale.
Na opinião dele, o Palmeiras é o principal candidato a brasileiro a chegar mais longe na Copa do Mundo de Clubes. “O Palmeiras talvez não seja um time que encante, mas é consistente. Tem um jogo até pragmático, mas que mantém a regularidade”, elogia.
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