O Palmeiras se deu ao luxo de usar a goleada por 5 x 0 contra o Liverpool nesta quinta pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores para colocar Raphael Veiga no divã e tratar a autoestima do maestro alviverde. O paciente era o meia Raphael Veiga no Estádio Centenário.
Em abril, o terapeuta português Abel Ferreira havia diagnosticado a má fase do meia. “O Veiga, igual a todos, não é uma máquina. É um homem, tem emoções e sentimentos. Profissional de mão cheia. Só que as expectativas nele são tantas, não da minha parte. Nós respeitamos muito o Veiga. Ele sabe o quanto acreditamos e o quanto precisamos, mas se tiver que ficar de fora, vai ficar de fora”.
Abel criticou até o comportamento de Raphael Veiga na internet. “Não tinha nada que ter ido nas redes sociais pedir desculpa. Quando ele decide jogos, não vai nas redes sociais dizer que ele decidiu o jogo. É a minha opinião, mas vivemos em democracia. Se meu jogador se sentir bem ao fazer isso, tem meu apoio”.
Veiga não marcava havia sete jogos. A última bola na rede era aquela no Allianz Parque na vitória por 2 x 0 contra o Santos no duelo de volta da decisão do Campeonato Paulista. Sem querer querendo, o Palmeiras carregou o piano e massageou o ego do maestro alviverde.
Primeiro no lançamento em profundidade do lateral-direito Marcos Rocha para a finalização convicta no fundo da rede. No segundo tempo, Endrick serviu Veiga e o companheiro colocou a bola no fundo da rede do Liverpool.
Endrick e Rony ampliaram o placar da metade para o fim do jogo com uma eqüevos de gols encerrada pela cobrança de pênalti perfeita do zagueiro Gustavo Gómez. O último ato, com a bola passando de mão em mão na disputa sobre quem faria a cobrança, deixou claro o seguinte: Veiga cobraria se estivesse em campo. O ego do craque estava massageado sentadinho no banco de reservas depois de ser substituído pelo centroavante Flaco López.
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