Palmeiras ensaia fazer com Flamengo o que o United fez com Chelsea em 2008

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Vitor Roque tem 15 gols na Série A, dois atrás de Kaio Jorge e Arrascaeta. Foto: Ed Alves/CB.DA Press

 

Palmeiras e Flamengo protagonizam em 2025 um racha parecido com o de Manchester United e Chelsea na temporada de 2007/2008 do futebol europeu. O triunfo alviverde contra o Santos por 2 x 0, no Allianz Parque, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, abre a possibilidade na América do Sul de um desfecho semelhante ao do Velho Mundo. Os dois times eram ricaços à época. Os vermelhos com gestão irretocável. O outro turbinado pelo dinheiro do magnata russo Roman Abramovich naquele período. 

 

Há 17 anos, Manchester United e Chelsea elevaram o sarrafo na Premier League em um duelo à parte – ponto a ponto – pelo título. Na 36ª rodada, os Blues derrotaram os Diabos Vermelhos por 2 x 1 no confronto direto, em Stamford Bridge. Ambos ficaram empatados com 81, mas o time de Alex Ferguson tinha mais saldo de gols e fez valer a vantagem até o fim com vitórias contra West Ham e Wigan. O Chelsea bateu o Newcastle, mas empatou com o Bolton na última rodada e o United levou a taça: 87 pontos a 85.

 

Paralelamente, havia expectativa pela final inglesa na Champions League. O Manchester United havia eliminado o Barcelona. O Chelsea passou pelo Liverpool. Dez dias depois de ganhar a Premier League, a trupe de Cristiano Ronaldo e companhia empatou por 1 x 1 com o rival no tempo regulamentar e na prorrogação. Nos pênaltis, triunfou por 6 x 5 e ganhou os dois títulos em cima do Chelsea. Um roteiro simplesmente incrível. 

 

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A noite de gala de Vitor Roque no Allianz Parque permite sonhar com o que fez o Manchester United naquela temporada. O Palmeiras  abriu três pontos de distância em relação ao Flamengo. Mais do que isso: tem duas vitórias a mais. O caminho alviverde para o título está encaminhado. O time carioca precisa vencer, vencer, vencer, como diz o hino do clube rubro-negro, e torcer para que o concorrente perca quatro pontos. Não é impossível, mas parece improvável diante da segurança e da regularidade alviverde. 

 

O primeiro gol de um paciente Palmeiras. O Santos fez jogo duro no primeiro tempo graças ao goleiro Gabriel Brazão. O primeiro gol saiu no segundo tempo depois de uma assistência de Flaco López. O segundo partiu dos pés do meia Raphael Veiga. Está tudo funcionando em perfeita sintonia no sistema sincronizado de Abel Ferreira. 

 

Enquanto Palmeiras e Flamengo polarizam a disputa pelo título, o Santos arrisca cair no primeiro ano do retorno à Série A. A ausência do Neymar em um jogo desse tamanho para o Palmeiras é inaceitável. Ele se colocou maior do que a instituição fundada em 1912. Portanto, muito antes do nascimento do camisa 10 em 1992. Neymar fez esforço para enfrentar o Atlético na grama sintética. Nesta quinta, preferiu se poupar. Voltará domingo no Maracanã diante do Flamengo, contra o qual decidiu o jogo no primeiro turno.

 

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