Comemoracao Yuri Alberto festeja o gol da vitória após passe de Memphis Depay. Foto: Rodrigo Coca Yuri Alberto festeja o gol da vitória após passe de Memphis Depay. Foto: Rodrigo Coca

Palmeiras 0 x 1 Corinthians: do erro de Estêvão ao gol de Yuri Alberto

Publicado em Esporte

A grande notícia da vitória do Corinthians contra o Palmeiras na primeira partida da final do Campeonato Paulista é a capacidade de reinvenção sem Rodrigo Garro. Memphis Depay e Yuri Alberto souberam se virar sem o maestro e decidiram a vitória por 1 x 0 contra o Palmeiras, no Allianz Parque, graças a uma tomada de decisão errada — e fominha — de Estêvão, e de uma aposta do técnico Ramón Díaz na marcação e na eficiência.

 

Sem o lesionado Garro, o Corinthians mudou do 4-3-1-2 para o 4-4-2. Usou variações para o 5-4-1 e o 4-1-4-1 na tentativa de extrair um bom resultado na casa do adversário e conseguiu porque o maior talento do Palmeiras foi no mínimo fominha no lance crucial.

 

Estêvão parte com a bola dominada em velocidade a caminho do gol do Corinthians contra quatro marcadores. Se ele passa pelo quarteto e faz o gol, seria gênio, mas era improvável. O recomendável era passar a bola para Vitor Roque. O atacante ofereceu a possiblidade de passe ao fazer a ultrapassagem pela direita. Estêvão preferiu tentar resolver sozinho.

 

Desarmado, Estêvão dá ao Corinthians o que Ramón Díaz procurou durante a partida inteira: a chance do contra-ataque. Para sorte do Corinthians, a bola roubada cai nos pés de Memphis Depay. Ao contrário de Estêvão, o holandês ganha uma disputa de bola com dois marcadores e conta com a sorte ao Richard Ríos dar um leve toque para Depay.  O craque dá sequência no lance e aciona Yuri Alberto. O atacante finaliza com um belíssimo lance individual, mas considero também falha do goleiro Weverton. Considero defensável.

 

Como diz o colega Lúcio de Castro, os números sob tortura dizem qualquer coisa. O time do Palmeiras finalizou 23 vezes contra apenas três do Corinthians. Hugo Souza fez pelo menos sete intervenções. O alviverde teve 14 escanteios — e nem mesmo a velha arma surtiu efeito no clássico. O adversário se segurou na marcação. A equipe de Ramón Díaz desarmou mais do que o de Abel Ferreira (23 x 17), suportou a pressão e está em vantagem.

 

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