Champions League Finalistas, Liverpool perdeu o Inglês para o City e o Real viu o PSG segurar Mbappé. Foto: Paul Ellis/AFP Finalistas, Liverpool perdeu o Inglês para o City e o Real viu o PSG segurar Mbappé. Foto: Paul Ellis/AFP

O toma lá dá cá de Liverpool e Real Madrid na queda de braço com os clubes-estado City e PSG

Publicado em Esporte

No fim de semana passado, Liverpool e Real Madrid, finalista da Uefa Champions League, foram frustrados pelos clubes-estado Manchester City e Paris Saint-Germain. Bancado com dinheiro dos Emirados Árabes Unidos, o time de Pep Guardiola conquistou o título da Premier League com um ponto à frente dos Reds em uma rodada eletrizante. Perdia por 2 x 0 para o Aston Villa, no Etihad Stadium, e virou para 3 x 2. Campeão antecipado da Ligue 1, o Paris Saint-Germain está em outra vibe. O planejamento da próxima temporada começou com uma senhora vitória na queda de braço com Florentino Pérez pela permanência de Kylian Mbappé. O atacante francês decidiu ficar na capital francesa. A torcida, os torcedores e a equipe espanhola davam a badalada transferência como certa. 

O rico dinheirinho dos árabes tem sido capaz de comprar felicidade nas ligas nacionais, mas amarga um contraste na Champions League. Os clubes-estado ainda não conseguiram realizar o sonho de conquistar o principal torneio do Velho Continente. O PSG foi superado pelo Bayern de Munique na decisão de 2020. O Manchester City deixou a taça escapar contra o Chelsea na temporada passada. Falta, nos dois casos, a tal mudança de patamar. 

No campo do mercado, PSG e City igualam ou até mesmo superaram o poder de compra de concorrentes como o Real Madrid. Florentino Pérez queria muito Mbappé. Ele dava pinta de que repetiria o sucesso de compras badaladas como as de Zidane, Figo, Beckham, Ronaldo, Cristiano Ronaldo, Kaká, Benzema, Bale ou Hazard. Só que não! 

Parece cada vez mais difícil concorrer com os clubes-estado. O PSG arrancou Neymar do Barcelona por € 222 milhões na maior transação da história do futebol. Convenceu Messi a deixar o clube catalão. Venceu a queda de braço com o Real Madrid pela permanência de Mbappe. O Manchester City se antecipou e contratou a joia Haaland. 

Houve um tempo em que o Real Madrid dominava o ranking das compras mais caras da história no mercado de transferências do futebol. Hoje, o clube tem apenas uma no top 10: a aquisição de Hazard por 115 milhões de euros ocupa o nono lugar. Dos 10 maiores investimentos, três já são de clubes-estado. O PSG ostenta Neymar e Mbappé; e o Manchester City exibe Jack Grealish no ranking. 

A agressividade no mercado se converte em títulos nacionais na Ligue 1 e na Premier League, mas não se impõe na cobiçada Champions League. Protagonistas nas últimas decisões com os vices do PSG e do City, os clubes-estado assistirão à final deste ano pela tevê. A camisa do recordista de títulos Real Madrid — 13 taças — continua entortando o varal. A do hexacampeão Liverpool, também. Ao menos nesta temporada, a tradição venceu a modinha. Não sabemos até quando. PSG e City querem dominar o mundo.

 

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