52327400167_d955d41a1b_c O goleiro Jandrei falhou na noite em que o Atlético-GO brilhou. Foto: Alan Deyvid / Atlético GO O goleiro Jandrei falhou na noite em que o Atlético-GO brilhou. Foto: Alan Deyvid / Atlético GO

O Rogério Ceni técnico nunca precisou tanto de um Rogério Ceni goleiro para ter sossego na temporada

Publicado em Esporte

Em 2020, Rogério Ceni foi eliminado da Copa do Brasil por causa da falha de um jovem goleiro. Hugo Souza saiu jogando errado, teve a bola roubada por Brenner e o Flamengo perdeu o jogo de ida das quartas de final por 2 x 1 para o São Paulo, no Maracanã. A lambança comprometeu o plano para o duelo de volta. O time rubro-negro foi superado por 3 x 0, no Morumbi, e amargou 5 x 1 no placar agregado sob a batuta do ex-goleiro tricolor.

 

Dois anos depois, Ceni se vê novamente administrando problemas no setor em que foi referência. Jandrei falhou no lance do segundo gol do Atlético-GO na derrota por 3 x 1, no Serra Dourada, na partida de ida das semifinais da Copa Sul-Americana. Parece uma sina. Ceni também teve problemas com Thiago Couto. O jovem reserva foi de herói a vilão na temporada. Recém-contratado, Felipe Alves falhou na estreia contra o Athletico-PR, mas pegou um pênalti.

 

De Goiânia, colegas torcedores do São Paulo informam que Jandrei e Igor Gomes foram xingados. O meia recebeu cartão vermelho. Deixou o tricolor com um jogador a menos aos 39 minutos do segundo tempo. Há quem peça a saída dele do clube. A sexta-feira anterior ao duelo com o Cuiabá pelo Campeonato Brasileiro promete no Centro de Treinamento da Barra Funda.

 

O fato é que o São Paulo está em desvantagem de 3 x 1 em dois torneios que serviam como esperança de título na temporada. Na semana passada, perdeu para o Flamengo, no Morumbi, no duelo de ida das semifinais da Copa do Brasil. Nesta quinta, saiu derrotado do Serra Dourada pelo mesmo placar. O resumo do prejuízo é o mesmo nos dois casos: é necessário vencer por dois gols de diferença na volta para forçar os pênaltis ou por três para avançar direto.

 

Alguns discursos pós-jogo indicam que o trabalho de Rogério Ceni está ameaçado. Quando o comandante usa expressões usadas por torcedores há algo de muito errado. “Não tem mais motivação, é obrigação. Tem que ganhar. A gente tem obrigação de classificar”, cobrou o treinador na entrevista coletiva. Falou o que as torcidas organizadas diriam aos jogadores.

 

A pressão sobre Igor Gomes é gigante devido à ficha corrida do meia. A torcida não esquece a expulsão contra o Ceará no empate por 2 x 2 pelo Campeonato Brasileiro. “Qualquer expulsão é preponderante. A gente já tinha vivido isso com a Universidad Católica”, lembrou Ceni referindo-se ao cartão vermelho de outro Igor, o Vinícius, nas oitavas de final.

 

O São Paulo acumula cinco partidas sem vencer. Empatou com o América-MG e perdeu quatro jogos seguidos para Santos, Flamengo, Fortaleza e Atlético-GO. Se o técnico tricolor não fosse Rogério Ceni, diríamos que o profissional estava ameaçado de demissão nesta sexta-feira. Como se trata simplesmente do maior ídolo da histórica do clube essa hipótese diminui.

 

A equipe tricolor está quatro pontos à frente do Cuiabá, primeiro time inserido na zona de rebaixamento para a segunda divisão. Portanto, perde para o adversário no domingo, na Arena Pantanal, pode encurtar a distância para um ponto levando-se em conta que na rodada seguinte o compromisso será contra o Corinthians, no Morumbi. Ceni viverá semanas de equilibrista.

 

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