Por Rodolfo Costa*
A convocação do Wendell, do Bayer Leverkusen, da Alemanha, estava no radar da Seleção Brasileira. Na entrevista do técnico Tite ao Esporte Espetacular no último domingo, ele disse que observa entre 40 a 50 atletas. E Wendell já havia sido convocado para amistosos na seleção olímpica nas gestões de Alexandre Gallo e de Rogério Micale, comandante da Seleção Olímpicas na conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Wendell tem se destacado desde a temporada passada. Ele é um lateral que explora bastante a velocidade e é forte defensivamente.
Wendell tem como forte o carrinho e interceptações de bola. Gosta de driblar. Às vezes, é meio disperso, coisa que imagino ser da idade. Mas tem grande potencial, tanto que chegou a ser especulado para ser reserva do Marcelo, no Real Madrid, e do Jordi Alba, no Barcelona. Os catalães preferiram ficar com o francês Lucas Digne.
Cruzamentos não são o ponto forte de Wendell. As estatísticas com a camisa do Bayer Leverkusen mostram que ele não tem um cruzamento sequer computado. No empate por 2 x 2 com o CSKA Moscou, pela Liga dos Campeões da Europa, por exemplo, o lateral não cruzou. No entanto, o índice de acerto de passe dele são altos. Wendell tem média de 79,8%. Cortado por lesão, Marcelo, a quem ele substitui, tem média de 80,7% dos passes. A realidade é que o jogo dele é muito semelhante ao do Marcelo. O titular da Seleção Brasileira também não é um primor em cruzamentos. Não arrisca tantos. Ele chega mais na área na corrida, drible, tabela próximo da área.
*Repórter de Economia do Correio Braziliense, torcedor do Borussia Dortmund e observador atento da Bundesliga, o Campeonato Alemão.