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O “golpe” do Vidal está na praça: caiu quem quis; cairá novamente quem quiser

Publicado em Esporte

Arturo Vidal é aquele que se oferecia ao Flamengo enquanto vestia a camisa da Internazionale. A maior parte da torcida rubro-negra não considerou antiético. Fez campanha nas redes sociais para a diretoria contratar o chileno. Vidal é aquele que estava praticamente fechado com o Boca Juniors e irritou Juan Roman Riquelme ao aplicar chapéu no time argentino e se apresentar no Ninho do Urubu. Vidal é este que aparece em live flertando com o Colo Colo e chutando a chuteira no banco de reservas na vitória contra o Boavista na véspera do embarque do clube para Marrocos para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa. 

 

Alguma surpresa? Não! 

 

Todos sabiam desde o início que Vidal é assim. Se não está satisfeito em um clube, trata de piscar para outro. Arrumou as malas e trocou o Barcelona pela Internazionale quando notou que não estava nos planos de Ronald Koeman. 

 

O piti de Vidal diz muito sobre o legado deixado por Dorival Júnior. O ex-técnico sabe muito bem o que fez — e suportou — para domar um elenco tão talentoso e vaidoso.

 

A solução em curto prazo para salvar a temporada rubro-negra em cinco meses foi montar dois times — o das Copas do Brasil e Libertadores — e o do Campeonato Brasileiro. Vidal entrava eventualmente em um e atuava como comandante do meio de campo do outro. Todos foram felizes assim. O Flamengo ganhou dois títulos e salvou um ano aparentemente perdido. 

 

A diretoria decidiu trocar Dorival Júnior por Vítor Pereira e as leis do vestiário mudaram. Vidal percebeu e dá sinais de aborrecimento na hora errada. Acumula 26 minutos em campo neste início de temporada. Está pensando mais em si do que na missão de ajudar o Flamengo a conquistar o bi no Mundial de Clubes.

 

Vidal tem todo o direito de se revoltar por não entrar em campo na semifinal contra Wydad Casablanca ou Al-Ahly ou até mesmo numa eventual decisão contra o Real Madrid. Afinal, não se abre mão de um cara experiente colo ele em decisões. Fazer bico contra o Boavista é inaceitável. Era a última oportunidade de testes e ele não precisa disso. Se está insatisfeito, que seja profissional e peça educadamente para deixar o Flamengo. Não assim.

 

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