Vinte e sete de março deste ano. Eu estava em Doha, no Catar, em uma entrevista coletiva do técnico português Jesualdo Ferreira antes de mais uma rodada da Qatar Stars League — a liga nacional do país árabe. Depois do atendimento protocolar à imprensa local, o senhor de 73 anos atendeu gentilmente a reportagem do Correio Braziliense e os colegas do Lance!, Zero Hora, Globo, UOL e ESPN. Foram 12 minutos de conversa gravada sobre futebol. O principal assunto, os preparativos do Catar para Copa de 2022.
No fim do bate-papo, encaixei uma pergunta que sempre faço aos profissionais portugueses com quem tenho a oportunidade de conversar. Quis saber de Jesualdo Ferreira sobre o segredo do sucesso dos jogadores e técnicos patrícios. Na época, o novo treinador do Santos estava próximo de conquistar o título nacional do Catar pelo Al-Sadd. Era quem escalava um time que contava com o craque Xavi no meio de campo. O ídolo do Barcelona o sucedeu o português ao término da temporada.
Jesualdo Ferreira respondeu de bate-pronto que havia resistência aos treinadores lusitanos. “A escola de treinadores portugueses é boa. Demorou a ser reconhecida, mas é boa. Tal como é boa a nossa escola boa de jogadores. E estamos falando de um país pequeno com uma escola de treinadores excelente. Ao fim desses anos todos, temos treinadores de nível muito bom. Foram reconhecidos tarde demais. Jogadores nem se fala. Portugal teve, tem e continuará tendo jogadores top”, respondeu em tom de discurso.
O ano de 2019 dos treinadores portugueses termina com Jorge Jesus campeão do Brasileirão e da Libertadores. Carlos Queiroz empregado na seleção da Colômbia. José Mourinho de volta ao batente no Tottenham. Nuno Espírito Santo no Wolverhampton. André Villas-Boas no Olympique de Marselha. Vítor Pereira no Shangai SIGP. Paulo Bento na Coreia do Sul. Paulo Fonseca na Roma. Paulo Sousa no Bordeaux. Leonardo Jardim no Monaco. Fernando Santos campeão da Uefa Nations League — firme e forte para a disputa da Eurocopa 2020.
Mais munição para o discurso de Jesualdo Ferreira. “Portugal tem 10 milhões de habitantes, um país pequenino, e só tenho a dizer parabéns. A Federação Portuguesa trabalha de uma forma muito profissional, muito bem dirigida e com uma capacidade incrível de valorizar o nosso futebol em todos os níveis. No Brasil, por exemplo, não há muitos estrangeiros. Escolhe-se o melhor porque é um brasileiro. Em Portugal, Espanha, Itália, França, Inglaterra, não é assim. O futebol na Europa ficou muito mais global do que é no Brasil”, comparou no bate-papo em Doha.
O ano de 2019 dos treinadores portugueses termina com Jorge Jesus campeão do Brasileirão e da Libertadores. Jesualdo Ferreira contratado pelo Santos. Carlos Queiroz empregado na seleção da Colômbia. José Mourinho de volta ao batente no Tottenham. Nuno Espírito Santo no Wolverhampton. André Villas-Boas no Olympique de Marselha. Vítor Pereira no Shangai SIGP. Paulo Bento na Coreia do Sul. Paulo Fonseca na Roma. Paulo Sousa no Bordeaux. Leonardo Jardim no Monaco. Fernando Santos campeão da Uefa Nations League — firme e forte para a disputa da Eurocopa 2020.
Jesualdo Ferreira é tricampeão português. Conquistou o título três anos consecutivos em 2007, 2008 e 2009. Foi bi da Taça de Portugal e da Supercopa em 2009. Ganhou o Campeonato Egípcio e a Copa do Egito em 2014/2015 e empilhou quatro troféus no Catar.
O sucessor de Jorge Sampaoli no Santos é muito querido pelo atacante Hulk. Jesualdo Ferreira recebeu o atacante paraibano no Porto. “Jesualdo no vestiário é um líder. Sabe motivar os jogadores. A preleção é muito boa por saber ler bem os adversários. É um cara com quem gostei muito de trabalhar”, disse o paraibano do Shangai SIGP por meio de sua assessoria de imprensa.
Hulk aposta no sucesso de Jesualdo Ferreira no Brasil. “Acho que pode fazer muito sucesso por ter muita experiência. Disputou muitas competições e não vejo motivo para ele não fazer sucesso. Ao vir para o Brasil e pegar um grande time com um bom elenco, tem tudo para fazer um ótimo trabalho”, projeta, com lembranças do trabalho interno do português. “Jesualdo no vestiário é um líder. Sabe motivar os jogadores. A preleção é muito boa por saber ler bem os adversários. É um cara com quem gostei muito de trabalhar”.
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