Uma das tristezas de Filipe Luís é não ter entrado em campo contra a Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Marcelo havia se machucado contra a Sérvia na terceira rodada da fase de grupos. Tite entendeu que o titular não tinha condição de enfrentar o México nas oitavas de final.
Filipe Luís jogou no lugar dele, em Samara, e teve atuação de gala na vitória por 2 x 0. Foi peça-chave ao controlar os pontas escalados à época pelo técnico colombiano Juan Carlos Osorio e deu segurança defensiva ao Brasil. Lozano e Vela revezavam-se nas investidas no setor dele. Esbarravam em uma atuação de altíssimo nível.
A comissão técnica achou que Marcelo poderia voltar contra a Bélgica nas quartas de final. Filipe Luís voltou para a o banco de reservas. De lá, o jogador focado em virar técnico quando encerrasse a profissão, viu Roberto Martínez montar uma arapuca para Tite e o treinador brasileiro sentir imensa dificuldade de sair da armadilha tática do adversário.
Um dos trunfos da Bélgica era Vincent Kompany. O técnico do Bayern de Munique, adversário do Flamengo neste domingo, às 17h, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, era um dos zagueiros da seleção europeia.
Havia uma jogada ensaiada justamente para ele, principalmente, nas cobranças de escanteio. Kompany posiciona-se na primeira trave com a missão de desviá-la e gerar desconforto à defesa da Seleção.
Funcionou. Eden Hazard cobrou escanteio da esquerda, Kompany desviou na primeira trave e a bola tocou em Fernandinho. O gol contra do volante brasileiro abriu o caminho para a vitória da Bélgica. De Bruyne ampliou, Renato Augusto deu esperança do empate, mas Brasil deu adeus à Copa do Mundo nas quartas de final.
Filipe Luís não foi acionado, porém testemunhou à beira do campo a dificuldade de uma partida de alto nível. A Bélgica travou o Brasil. Roberto Martínez demandou uma reação rápida da parte de Tite. O tempo passou e a resposta começou a ser dada tardiamente.
O grande teste de Filipe Luís será interpretar e responder rapidamente ao plano de jogo do agora técnico Vincent Kompany. Não tenho dúvida de que o Flamengo será fiel ao estilo implementado pelo ex-lateral-esquerdo desde que herdou a prancheta de Tite, mas o muito ainda pode ser pouco diante de um adversário da primeira prateleira do futebol europeu.
Tite sentiu na pele em 2018. Que Filipe Luís esteja atento sete anos depois, agora como técnico de uma “nação” chamada Clube de Regatas do Flamengo.
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