Nunca antes na história desse país tivemos sete clubes na Copa Libertadores da América. Com a confirmação na noite deste domingo de que estão disponíveis seis vagas via Campeonato Brasileiro e uma na Copa do Brasil, já temos um recorde. Podem ter até oito equipes se algum brasileiro faturar a Copa Sul-Americana. O Brasil havia classificado no máximo seis times para o torneio. Foi assim nas edições de 2014, 2013. 2012, 2011, 2007 e 2006. Para se ter uma ideia, o máximo na Liga dos Campeões foram cinco bilhetes para o mesmo país. A Espanha emplacou Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madri, Sevilla e Valencia na temporada de 2015/2016.
O aumento de vagas não somente para o Brasil, mas para Argentina, Chile e Colômbia, que ganharam mais uma vaga cada, pode ser um prenúncio de que o México vai abandonar o torneio. Os clubes de lá ficaram bravos com a mudança do calendário da competição para o período de fevereiro a novembro e prometem pular fora. O motivo é compreensível: a Champions League da Concacaf é disputada de agosto a abril, ou seja, haverá choque de datas, principalmente, com a fase de mata-mata da Libertadores.
A questão, a partir de agora, é como a CBF vai reorganizar o calendário de 2017. Como a Libertadores passa a ser disputada em 42 semanas, torneios estaduais, regionais (principalmente a Primeira Liga) e até a Copa do Brasil podem ser afetadas.
Por enquanto, a Libertadores do ano que vem tem 14 classificados. Lanús, San Lorenzo, Estudiantes e Godoy Cruz são donos de quatro das seis vagas da Argentina. Sport Boys, Jorge Wiltermann e The Strongest arremataram as três da Bolívia. Universidade Católica é dona de uma das quatro do Chile. Atlético Nacional e Independiente Medellín são dois dos cinco representantes da Colômbia. O Chivas Guadalajara ficou com um das três do México e o Uruguai tem definidos Peñarol, Nacional e Cerro. No total, são 44 clubes.
A distribuição de vagas por país
Argentina: 6
Bolívia: 3
Brasil: 7
Chile: 4
Colômbia: 4 + 1 (Atlético Nacional, atual campeão da Libertadores)
Equador: 3
México: 3
Paraguai: 3
Peru: 3
Uruguai: 3
Venezuela: 3
Quando o Brasil teve seis representantes
2013: 6
Corinthians, Fluminense, Palmeiras, Atlético-MG, Grêmio e São Paulo
2012: 6
Santos, Corinthians, Vasco, Fluminense, Flamengo e Inter
2011: 6
Inter, Santos, Fluminense, Cruzeiro, Corinthians e Grêmio
2007: 6
Inter, Flamengo, São Paulo, Grêmio, Santos e Paraná
2006: 6
São Paulo, Paulista, Corinthians, Inter, Goiás e Palmeiras