No aniversário de 61 anos do Milagre de Berna, o Milagre de Santiago na final da Copa América

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Bravo! Capitão ergue a taça do título inédito do Chile

Crédito da imagem: AFP PHOTO / Rodrigo Arangua

O Milagre de Berna, quando a Alemanha derrotou a incrível Hungria, de Puskas, na final do Mundial de 1954, na Suíça, foi em um 4 de julho. O Milagre de Santiago também. O triunfo nos pênaltis do Chile sobre a poderosa Argentina de Messi — eleito quatro vezes o melhor do mundo — será lembrado para sempre como o dia em que La Roja conquistou seu primeiro título em 105 anos da forma mais sofrida possível, 4 x 1 nos pênaltis após 0 x 0 no tempo normal e na prorrogação, e ampliou ao menos dois jejuns do rival. Campeã pela última vez justamente em 4 de julho de 1993, ao derrotar o Equador na decisão continental, a alviceleste completou ontem 22 anos sem título. Nem mesmo “Messias”, eleito quatro vezes melhor do mundo, quebra o encanto.

Camisa 10 e capitão, Messi é vice de novo. No ano passado, perdeu a final da Copa para a Alemanha. Em 2007, amargou revés diante do Brasil na decisão continental. A Pulga continua sem taça em 103 jogos com a camisa do país que está longe de tratá-lo como novo Maradona. A falta de prestígio pode aumentar, principalmente porque o jogador mais amado pelos hermanos, Tévez, sequer entrou em campo no Estádio Nacional de Santiago. Nas quartas de final, Carlitos havia sido o herói da classificação — nos pênaltis — diante da Colômbia. Ontem, Higuaín e Banega desperdiçaram as cobranças e o técnico Gerardo Martino pode pagar caro por isso. Vice pela segunda edição seguida — era o técnico do Paraguai na decisão de 2011 —, Tata pode perder o emprego.

Segundo levantamento do blog, o Chile é a segunda seleção que demorou mais tempo a conquistar um título. Perde apenas para o Canadá, campeão da Copa Ouro da Concacaf aos 115 anos, em 2000. O Milagre de Santiago teve ao menos três heróis. O capitão Bravo defendeu o pênalti de Banega. Vidal, protagonista de um acidente ao dirigir alcoolizado durante a Copa América, acertou a cobrança. Alexis Sánchez, questionado ao longo de todo o torneio, acertou também. E o técnico Jorge Sampaoli consagrou o trabalho ultraofensivo iniciado por Marcelo Bielso. A glória inédita leva o Chile à Copa das Confederações de 2017. Estão classificados ainda Rússia (país sede), Austrália e Alemanha.

A nota triste do jogo foi a agressão de torcedores chilenos ao pai, irmãos e sobrinhos de Messi no Estádio Nacional. O embaixador da Argentina precisou intervir para acalmar os ânimos na arquibancada.

O jejum argentino continua… 

Hermanos não são campeões há 22 anos

Messi: vice pela terceira vez com a camisa da seleção principal da Argentina

Crédito da imagem: AFP PHOTO / Rodrigo Arangua

1993 (Copa América)

Campeã em cima do México

1994 (Copa do Mundo)

Cai nas oitavas diante da Romênia

1995 (Copa América)

Cai nas quartas diante do Brasil

1997 (Copa América)

Cai nas quartas diante do Peru

1998 (Copa do Mundo)

Perde para Holanda nas quartas

1999 (Copa América)

Cai nas quartas diante do Brasil

2001 (Copa América)

Não participa

2002 (Copa do Mundo)

Dá adeus na fase de grupos

2004 (Copa América)

Perde a final para o Brasil

2005 (Copa das Confederações)

Perde a final para o Brasil

2006 (Copa do Mundo)

Cai diante da Alemanha

nas quartas

2007 (Copa América)

Perde a final para o Brasil

2010 (Copa do Mundo)

Cai diante da Alemanha nas quartas

2011 (Copa América)

Cai nas quartas, em casa, diante do Uruguai

2014 (Copa do Mundo)

Perde da Alemanha na final

2015 (Copa América)

Perde para o Chile na final