Depois de 51 dias a serviço da Seleção Brasileira, de 18 de julho a 6 de setembro, nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e nas Eliminatórias para a Copa da Rússia-2018, Neymar finalmente vai se apresentar ao Barcelona para a temporada de 2016/2017. Do jeito que ele e o técnico Luis Enrique imaginavam: campeão olímpico, decisivo com as camisas das seleções olímpicas e principal, feliz da vida por ajudar o Brasil a conquistar o inédito ouro e a alçá-lo do sexto lugar à vice-liderança das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo da Rússia-2018, voando baixo e ao lado de Zico como quarto maior artilheiro da história da amarelinha (48 gols) depois de garantir a vitória sobre a Colômbia nesta terça-feira, em Manaus.
O craque não participou da pré-temporada do clube catalão. Ficou a serviço da Seleção de 18 de julho a 6 de setembro. Ao liberar Neymar para os Jogos do Rio-2016 e deixá-lo uma semana no país até os duelos contra o Equador e a Colômbia, a comissão técnica azul-grená esperava receber de volta seu jogador pronto para o início da Liga dos Campeões da Europa, com início no meio da semana que vem. E assim será…
Neymar encerra o longo período a serviço da Seleção com seis gols em oito jogos. Foram quatro bolas na rede em seis partidas na Rio-2016 e outros dois em duas exibições nas Eliminatórias para a Copa — um diante do Equador nos 3 x 0 e outro contra a Colômbia, nesta terça-feira, na Arena da Amazônia, em Manaus. Considerando apenas os gols nas últimas duas partidas, ambas pela Seleção principal, Neymar alcançou Zico na lista dos maiores artilheiros. O Galinho de Quintino tem 48. Neymar também com o gol da vitória por 2 x 1.
Na lista dos maiores artilheiros da história da Seleção, Neymar só perde em números absolutos para Pelé (77), Ronaldo (62) e Romário (55). Com média de 0,66 por partida, a tendência é que o atacante alcance o Baixinho, ou até mesmo ultrapasse o Baixinho, em 2017. O Brasil joga pelo menos mais quatro vezes neste ano em partidas válidas pelas Eliminatórias.
Os seis jogos pelas Olimpíadas e os dois nas Eliminatórias serviram para Neymar esfriar as discussões sobre o seu protagonismo na Seleção. Na Rio-2016, fez gol em todos os jogos da fase de mata-mata. Decidiu a classificação diante da Colômbia com um golaço de falta, fez dois gols e participou de outros três no massacre de 6 x 0 contra Honduras nas semifinais e converteu um golaço de falta na decisão do ouro contra a Alemanha. Sem contar o pênalti decisivo que deu ao país a conquista inédita.
Nas Eliminatórias, balançou a rede do Equador e deu assistência para Gabriel Jesus. Diante da Colômbia, protagonizou uma finalização belíssima em um chute cruzado difícil pra mim e pra você, mas fácil pra gente como Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo, Luis Suárez, Ibrahimovic…
Nos 51 dias em que ficou a serviço da Seleção, Neymar mostrou comprometimento. Foi decisivo com a amarelinha. Mas também mostrou pontos que precisam ser trabalhados. O gênio continua indomável. Expressões como “vão ter que me engolir” e “eu estou aqui” a cada gol, clonando Cristiano Ronaldo, desgastam sua imagem. Assim como os surtos em campo, o excesso de cartões amarelos. Neymar é o jogador mais indisciplinado do Brasil nas Eliminatórias. Recebeu três cartões em cinco jogos. Muito. Demais. Nas duas partidas contra a Colômbia, nas Olimpíadas e nas Eliminatórias, Neymar escapou de expulsões. Neymar precisa domar seu temperamento. Dunga não conseguiu. Rogério Micale largou mão. Daqui em diante a terapia e no divã de Tite. Nos 51 dias a serviço da Seleção, ganharam Neymar, o Brasil e provavelmente o Barcelona.
A conferir…
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