Morte de Diogo Jota comove New Jersey, a segunda colônia portuguesa nos EUA

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Newark, no estado de New Jersey, reduto português nos EUA. Foto: Marcos Paulo Lima

New Jersey — Devastadora a notícia da trágica morte do jovem atacante Diogo Jota aos 28 anos em um acidente automobilístico. Estou em New Jersey na cobertura da Copa do Mundo de Clubes da Fifa. A cidade ostenta  a segunda maior colônia lusitanas dos Estados Unidos, atrás apenas de Massachusetts, em Boston. Inclusive, está enfeitada com as cores do país ibérico na ressaca das comemorações recentes dos imigrantes, principalmente nos bairros de Newark e de Irobound, onde possível notar raízes históricas e culturais profundas.

 

Portanto, é possível perceber a comoção entre os fãs ou não de futebol compatriotas do jogador do Liverpool. O casamento recente com Rute, mãe dos três filhos do casal, deixa os compatriotas ainda mais chocados.

 

Segundo a imprensa portuguesa, ele teria passado por uma cirurgia e recebeu recomendação médica para evitar viagem de avião devido à pressão da cabine. Por isso, deslocava-se de carro com o irmão, André Silva, até Santander, onde tomaria um ferry com destino a Portsmouth, na Inglaterra. O percurso demora duas noites ou 31 horas. André também é jogador de futebol profissional vinculado ao Penafiel.

 

“A informação que temos até ao momento é que o carro, um Lamborghini, sofreu um acidente rodovirário e despistou-se devido a um rebentamento de um pneu durante uma ultrapassagem. Foi na madrugada, 00h30 (horário de Lisboa), no município de Cernadilla, na província de Zamora. O carro pegou fogo e os dois ocupantes morreram”, informa a Guarda Civil da Espanha. O acidente, na A-52, na zona de Zamora, aconhteceu a cerca de 350 km do destino.

 

Nascido no Porto em 4 de dezembro de 1996, Diogo Jota iniciou a carreira no Gondomar antes de chegar às categoria de base do Paços de Ferreira, onde se destacou no início da carreira profissional e chamou a atenção de Diego Simeone. Foi contratado pelo Atlético de Madrid por 7 milhões de euros, emprestado ao Porto e ao Wolverhampton e comprado em definitivo pelo clube inglês por 14 milhões de euros, onde trabalhou de 2018 a 2020.

 

Em 2020, o técnico do Liverpool, Jurgen Klopp, colocou o nome de Diogo Jota na lsita de compras para a temporada de 2020/2021. O clube desembolsou 44,7 milhões de euros por ele depois de vê-lo marcar 16 gols em 44 gols em 131 jogos e ajudar o clube a conquistar a Copa da Liga Inglesa na edição de 2017/2018.

 

A estreia de Diogo Jota pela seleção principal de Portugal é emblemática. Ele substituiu Cristiano Ronaldo aos 39 minutos do segundo tempo na vitória por 6 x 0 contra a Lituânia nas Eliminatórias para a Eurocopa de 2020 e balançou a rede pela primeira vez na goelada por 4 x 1 contra a Croácia pela Liga das Nações da Uefa.

 

O presidente Gianni Infantino divulgou nota oficial:

 

Foi com profunda consternação que soube do trágico falecimento do Diogo Jota e do seu irmão, André Silva. Com apenas 28 anos, o Diogo teve uma carreira fantástica e tinha muitos e bons anos à sua frente, enquanto o seu irmão André estava a prosperar no FC Penafiel. Deixarão muitas saudades a todos os que os conheciam e a toda a comunidade futebolística mundial.

Em nome da FIFA e de toda a família do futebol, apresento as minhas mais sentidas condolências à família e amigos, e a todos no Liverpool FC, no FC Penafiel e na Federação Portuguesa de Futebol. Que descansem em paz.

 

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