A goleada do Botafogo por 6 x 0 contra o Aurora tem um detalhe relevante para o duelo brasileiro da terceira fase contra o Red Bull Bragantino: a média de idade. A diferença entre as escalações iniciais é assustadoramente grande.
O Botafogo eliminou o frágil adversário boliviano com uma formaçao acima na casa dos 30 anos. O técnico interino Fábio Mathias apostou em um onze inicial com 30,1. Cinco jogadores do time entraram em campo acima da média: Gatito (35), Damian Siárez (35), Tchê Tchê (31), Eduardo (34) e Tiquinho Soares (34). A pergunta é: o que isso tem a ver com o Red Bull Bragantino?
A escalação de Pedro Caixinha é cinco anos mais jovem do que a do Botafogo. O time de Pedro Caixinha iniciou a partida de volta contra o Águilas Douradas na casa dos 25,3 anos. O centroavante Eduardo Sasha era o único jogador trintão na escalação. Todos os demais, vintões.
Na temporada passada, o Fluminense ganhou o título com a maior média de idade da história do torneio continental: 32,2 no começo do triunfo por 2 x 1 contra o Boca Juniors. Exceção à regra em um esporte no qual a demanda é crescente por jovens talentos. A Europa contrata a rodo promessas abaixo dos 20 anos. Endrick foi negociado com o Real Madrid aos 16 anos, por exemplo. O Botafogo tenta subverter a ordem.
A distância de 4,8 anos na média de idade é reflexo da política de cada time. Bancado pela multinacional austríaca de bebida energética Red Bull, o Bragantino investe na juventude em busca de boas oportunidades de venda. Atletas com potencial de desenvolvimento. O projeto do Botafogo, bancado pelo acionista majoritário da SAF, John Textor, investe na experiência.
Há um detalhe: o Botafogo dispõe do atacante Luiz Henrique. Entregue ao departamento médico para o tratamento ode uma lesão muscular, o atacante de 23 anos não somente rejuvenesceria o Glorioso se for liberado como assumiria o papel de um dos protagonistas alvinegros no duelo com o Red Bull Bragantino.
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