Rogatto na sessão em que assumiu fraudes, acusou e não mostrou provas. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado William Rogatto no julgamento em que assumiu fraudes, acusou e não apresentou provas. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Manipulador de resultados deve ser extraditado ao Brasil em uma semana

Publicado em Esporte

Autointitulado “Rei do Rebaixamento” e réu confesso na fraude de jogos de Norte a Sul do país, inclusive no Candangão deste ano, o manipulador de resultados William Pereira Rogatto deve ser extraditado de Dubai, onde foi preso na sexta-feira, a Brasília, em um prazo de no mínimo uma semana. 

 

Essa é a estimativa do senador Carlos Portinho (PL-RJ). Engajado na Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, o político acompanha o caso de perto desde a localização de Rogatto. 

 

“Isso (extradição) leva tempo. A Polícia Federal acredita e trabalha para que aconteça até o final da semana que vem”, disse o parlamentar em entrevista ao blog Drible de Corpo neste sábado. 

 

Questionado se Brasília será o destino do fraudador depois da liberação, Carlos Portinho Portinho respondeu positivamente. “Sim. Trâmites normais de extradição”. 

 

 

Brasil e Emirados Árabes Unidos assinaram tratado de extradição em 2019. Um dos personagens presos no país do Oriente Médio foi Thiago Brennand. Preso em Abu Dhabi, o empresário era acusado à época de uma série de episódios de agressão e violência contra mulheres no Brasil.

 

Em 8 de outubro, Rogatto disse na CPI em um depoimento virtual sem apresentar provas ter rebaixado 42 times e lucrado R$ 300 milhões com adulteração de resultados no Brasil.

 

“A Polícia Federal e a Interpol estão tratando disso. Ele está detido lá em Dubai e a Polícia Federal me informou que vai começar o processo de extradição”, disse Portinho.

 

Em princípio, a CPI pretendia ir ao encontro de Rogatto na Europa, especificamente no Porto, em Portugal, mas a logística preliminarmente traçada não era simples do ponto de vista legal. 

 

“Ele tem três mandados de prisão. Se a gente fosse lá em Portugal, encontrasse com ele, a gente tinha que trazê-lo preso, do contrário, a gente estaria prevaricando. Isso fez com que eu buscasse o Ministério da Justiça falando sobre delação premiada, alerta vermelho, Interpol, extradição, e agora ele está detido em Dubai”, detalha o senador Carlos Portinho.

 

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