Vanderlei Luxemburgo está diante da oportunidade de voltar às semifinais da Copa do Brasil após nove anos. Vice pelo Corinthians em 2001 e campeão em 2003 à frente do Cruzeiro, o treinador figurou entre os quatro melhores pela última vez na edição de 2014 do mata-mata.
Em 2014, o profexô conduzia um trabalho difícil no Flamengo. Bem parecido com o momento do Corinthians. Eram tempos de vacas magras no início da gestão de Eduardo Bandeira de Mello. Um time rubro-negro limitado topou de frente com o Atlético-MG nas semifinais. Chicão, Wallace, Victor Cáceres, Canteros, Eduardo da Silva, Nixon, Luiz Antônio e Elton formavam a base daquele time. Luxemburgo tirou leite de pedra e derrotou o Galo por 2 x 0, no Maracanã.
Em Belo Horizonte, o Flamengo abriu 1 x 0 no primeiro tempo. Àquela altura, o time defendia vantagem de 3 x 0. Em tese, a virada atleticana era improvável. Só que não. Dopado pelo mantra “eu acredito” da massa, o Galo empatou, virou, fez 3 x 1 e eliminou o rival por 4 x 1 com uma exibição épica no Mineirão. O Gigante da Pampulha era puro êxtase. Os donos da casa avançaram à final contra o Cruzeiro e conquistaram o título na final caseira da competição nacional.
Dos cinco times remanescentes na Copa do Brasil, Corinthians e América-MG são os mais desajustados e irregulares. O Flamengo é vice-líder do Campeonato Brasileiro, semifinalista do mata-mata e está nas oitavas de final da Libertadores. O São Paulo é oitavo na Série A, figura entre os 16 na Copa Sul-Americana e disputará as semis da Copa do Brasil. O Grêmio ocupa o terceiro lugar no Nacional e enfrentará o Flamengo na semifinal do segundo torneio do país.
Na contramão dos três, Corinthians e América-MG lutam contra o rebaixamento no Brasileirão. O Coelha amarga a lanterna. O Timão figurava no Z-4 até pouco tempo. Deu um pulinho para fora do inferno, chegou aos 15 pontos e abriu quatro de distância em relação ao setor da confusão como diz Luxemburgo. O Goiás delimita a fronteira em 17º lugar com 11.
A Copa do Brasil pode ser emblemática para Luxemburgo. O técnico não conquista um título nacional desde o Campeonato Brasileiro de 2004 com o Santos. Lá se vão 19 anos. Portanto, o treinador tem a chance de encerrar a abstinência e evitar duas décadas de jejum. O peso da camisa do Corinthians e a Fiel ele terá ao lado na Neo Química Arena para classificar o Timão e confirmar uma semifinal majestosa contra o São Paulo com jogos em Itaquera e no Morumbi.
Todo respeito é pouco. Nunca é demais lembrar: Vágner Mancini também tem o troféu do torneio no currículo. Brindou o modesto Paulista de Jundiaí com o título e foi vice-campeão pelo Athletico-PR na final de 2013 contra o Flamengo. Ambos conhecem o caminho para o título.
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