Luiz Adriano quebrou jejum pessoal na vitória do Palmeiras por 3 x 0 sobre o Fluminense nesta terça-feira, no Allianz Parque. O atacante não fazia hat-trick havia cinco anos. Em 5 de novembro de 2014, ele defendia o Shakhtar Donestk, da Ucrânia, sob o comando do treinador romeno Mircea Lucescu. A vítima foi o Bate Borisov na fase de grupos da Uefa Champions League. O recorde de Luiz Adriano são cinco gols numa mesma partida justamente contra o clube de Belarus. O último hat-trick de um jogador do Palmeiras no Campeonato Brasileiro havia sido em 2015 com Lucas Barrios, justamente contra o Fluminense. No ano passado, Miguel Borja conseguiu a proeza na Libertadores com o Junior Barranquilla.
Portanto, Mano Menezes fez milagre no triunfo em São Paulo. Marcado pelas polêmicas com Fred, o centroavante-centroavante na Seleção Brasileira e no Cruzeiro, o técnico achou o “camisa 9” dos sonhos. O atacante com mobilidade. Algo parecido com o que Gabriel Barbosa é para Jorge Jesus no Flamengo. Movimentação é a palavra-chave para candidatos a assumir essa posição em qualquer clube do mundo. Os centroavantes “paradões” estão fora de moda faz tempo, sobretudo os que sobrecarregam o meio de campo na marcação.
Luiz Adriano dá repertório tático a Mano. Pode ser usado dentro da área como referência, mas também fora dela, abrindo vaga para um centroavante-centroavante como Deyverson ou Henrique Dourado, por exemplo. Pode ser um trunfo na corrida pelo título.
Ao contrário de Santos e São Paulo, o Palmeiras tem elenco para peitar o Flamengo ponto a ponto. Considero Mano Menezes preguiçoso na era dos pontos corridos. A contar de 2006, quando disputou a Série A pela primeira vez, conseguiu no máximo o terceiro lugar com o Grêmio (2006) e o Corinthians (2010). Contentou-se no máximo com o quinto lugar na era Cruzeiro. Assumiu a fama de treinador de tiro curto, copeiro. Faturou a Copa do Brasil em 2009, 2017 e 2018 e alcançou uma final da Copa Libertadores da América em 2007.
O Fluminense desembarcará em Brasília para o duelo com o Corinthians em crise. Encabeça a zona de rebaixamento, o trabalho de Oswaldo de Oliveira não engrena, a ruptura com a filosofia de Fernando Diniz deixou alguns jogadores bicudos e a nova diretoria capitaneada por Mario Bittencourt e Celso Barros ainda não se achou. O risco do terceiro rebaixamento é iminente e o segundo turno promete um drama como aqueles de 2009 e de 2013.
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