A classificação do São Paulo para a segunda final da Copa do Brasil na história do clube tem três personagens inegociáveis: Dorival Júnior está classificado para a terceira final em menos de um ano. Wellington Rato faz valer cada centavo do investimento solicitado pelo ex-técnico tricolor Rogério Ceni. Lucas Moura autentica um ditado batido: “Em terra de cego, quem tem um olho é rei”. Chegou da Europa um dia desses e joga em outra rotação.
Dorival Júnior defenderá o título. Há oito meses, ele conquistava a Copa do Brasil pelo Flamengo nos pênaltis contra o Corinthians. Dias depois, ganhava também a Libertadores. Demitido pelo clube carioca, deu jeito no legado do antecessor Rogério Ceni.
O treinador do São Paulo é bicampeão da Copa do Brasil. Pacificador de vestiários, levou o Santos de Neymar, Robinho e Ganso ao título em 2010 contra o Vitória. Domou o caro, badalado e traiçoeiro plantel do Flamengo no ano passado. Tal como um engenheiro, fez o alicerce do time tricolor com o material limitado disponível até então, e ganhou peças para transformá-lo em uma equipe capaz de disputar títulos com as melhores do país.
Uma delas é Lucas Moura. O último titulo relevante do São Paulo faz 11 anos. O atacante foi protagonista na conquista inédita da Copa Sul-Americana. De lá para cá, o tricolor ganhou o Campeonato Paulista em 2021 sob o comando de Hernán Crespo e está de volta à final da Copa do Brasil depois de 22 anos. A nova conquista pode ter assinatura de Lucas Moura e de outro fora de série recém-chegado da Europa: James Rodriguez. Em forma, ambos são muito acima da média nacional. Praticam outro esporte. Atuam em outra rotação.
Wellington Rato não tem a grife de Lucas Moura, mas como virou peça importante. Fez um golaço e deu assistência para Lucas Moura. Há cinco anos, ele era campeão da Copa do Nordeste de 2018 pelo Sampaio Corrêa. No ano passado, ajudou o Atlético-GO a ganhar o Campeonato Goiano. Foi dele o segundo dos três gols do título contra o Goiás.
Anunciado como reforço em dezembro do ano passado a pedido de Rogério Ceni, Rato é decisivo pela segunda vez na Copa do Basil. A classificação contra o Ituano teve a digital dele na vitória por 1 x 0 contra o Ituano na terceira fase. Era o segundo jogo de Dorival Júnior na segunda passagem pelo clube. O atacante se apresentou como anjo da guarda.
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