O Grêmio ostenta a segunda melhor média de posse de bola do Campeonato Brasileiro: 55,5%, atrás apenas do Flamengo. No entanto, amarga o quinto lugar na maratona pelo título. Líder isolado da Série A, o São Paulo ocupa o 11º lugar no ranking com 48,6%. A história é bem diferente na disputa da Copa Libertadores da América…
Com a vitória por 2 x 0 sobre o Atlético Tucumán nesta terça-feira, na Argentina, o Grêmio está praticamente classificado para as semifinais do torneio continental. O atual campeão lidera o ranking da posse de bola com 61,7%. O levantamento descarta o Atlético Nacional. Curiosamente, o time colombiano deixou a competição nas oitavas de final liderando o quesito (63,4%) justamente contra o Atlético Tucumán, cuja média é de 42,9%.
O mérito de Renato Gaúcho não somente na vitória desta terça-feira na Argentina, mas ao longo da Libertadores, tem sido conciliar posse de bola com efetividade, contundência na decisão das partidas. O Grêmio assumiu a dianteira entre os melhores ataques do torneio. São 18 gols, contra 17 do Cruzeiro, 16 do Palmeiras e 14 do Boca Juniors. Os três times entrarão em campo nesta semana pelas quartas de final.
Além de ter a melhor posse de bola, o Grêmio é um time liso, o que que mais dribla, finaliza e acerta passe na competição. E contraria o histórico de time de pegada, faltoso. É o último colocado em número de faltas cometidas, média de 10,9 por partida. Em tese, o campeão antecipado no quesito fair play.
Números à parte, a capacidade de reinvenção de Renato Gaúcho e seus pares impressiona. Na edição passada, Luan era o dono do time. Nesta, Everton assumiu o protagonismo. Na temporada anterior, Lucas Barrios ocupava o papel de referência do ataque. Na campanha atual, André e Jael revezam-se na função. Porém, o treinador perdeu ambos para as quartas de final. Mesmo assim, se impôs no estádio em que o Atlético Tucumán não perdia havia seis meses. Vale acrescentar estrela do técnico nas decisões. Alisson voltou a brilhar.
Como tuitei depois do jogo, a vitória sobre o Atlético Tucumán permite ao Grêmio dar um gás na maratona pelo título do Campeonato Brasileiro. A vantagem de 2 x 0 é grande para o confronto de volta. Pode perder por até 1 x 0. É possível levar a Série A um pouquinho mais a sério e tentar conquistar uma taça que não vem desde 1996.
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