Tem quem não dê a mínima para torneios de base como a Copa do Mundo Sub-17. Há seis anos, Zion Suzuki, provável goleiro titular do Japão no amistoso desta terça-feira contra o Brasil, às 7h30, em Tóquio, entrava em campo no Estádio Bezerrão, no Gama, pelas oitavas de final da edição disputada no Brasil. Depois de uma bela campanha na fase de grupos, a seleção nipônica foi eliminada pelo vice-campeão México por 2 x 0.
Aquela competição deu lastro a Zion Suzuki para se tornar o segundo goleiro japonês a assinar contrato com um clube das cinco principais ligas da Europa. Depois da passagem de Yoshikatsu Kawaguchi pelo Portsmouth, Zion Suzuki defende o Parma da Itália e é forte candidato a ser o dono das traves do classificado Japão na Copa do Mundo de 2026.
Nascido em Little Rock, Arkansas, nos Estados Unidos, Zion Suzuki é o primeiro goleiro japonês a disputar a Serie A, como é chamada a liga nacional do Campeonato Italiano. Filho de um ganês com uma japonesa, o profissional de 23 anos desembarcou no Parma em uma transação de 8,2 milhões de euros e contrato firmado até o fim de 2029.
Um dos diferenciais de Zion Suzuki é a qualidade com os pés. A qualidade começou a aparecer no Mundial Sub-17 de 2019. Ele não somente ajudava o time a jogar como passava segurança na defesa. Passou a fase de grupos inteira sem sofrer gol na vitória contra a Holanda por 3 x 0, no empate por 0 x 0 com os EUA e no triunfo por 1 x 0 diante de Gana.
Quando veio ao Brasil para o Mundial Sub-17, Zion Suzuki era profissional. Havia mudado de patamar precocemente aos 16 anos e 5 meses. Ao escolher a seleção para defender, o goleiro teve os Estados Unidos, Gana e Japão como opção e preferiu o Samurais Azuis.
Para ser ter uma ideia do tamanho do feito de Zion Suzuki ao assumir as traves do Japão, o Parma teve goleiros históricos como Taffarel na temporada de 1992/1993, Gianluigi Buffon em 1999/2000 e Sebastian Frey no período de 2002/2003.
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