53918835125_c94999a26e_c Vice-campeão em 2007, Mano Menezes assumiu o Flu no lugar de Fernando Diniz. Foto: Lucas Merçon/FFC Vice-campeão em 2007, Mano Menezes assumiu o Flu no lugar de Fernando Diniz. Foto: Lucas Merçon/FFC

Libertadores teve três trocas de técnico em 65 dias antes das oitavas

Publicado em Esporte

O intervalo de 65 dias entre o último jogo da fase de grupos da Copa Libertadores da América e o início das oitavas de final nesta terça-feira teve roteiro de Campeonato Brasileiro. Explico: dos 16 remanescentes na corrida pela Glória Eterna, três aproveitaram a pausa para trocar de técnico. Um deles é justamente o atual campeão continental.

 

Dos últimos cinco campeões da Libertadores, três iniciaram o torneio com um treinador e foram campeões com outro. Em 2019, Abel Braga largou com o Flamengo, mas Jorge Jesus levou o time ao bi. No ano seguinte, Vanderlei Luxemburgo comandava o Palmeiras, ganhou o Paulistão contra o Corinthians nos pênaltis e perdeu o emprego para Abel Ferreira, o protagonista do segundo título alviverde. Em 2022, Paulo Sousa comandou o Flamengo na fase de grupos e Dorival Júnior arrumou a casa para a conquista do tricampeonato.

 

O Fluminense encerrou a fase de grupos sob a batuta de Fernando Diniz. O treinador avançou em primeiro lugar no Grupo A contra Colo-Colo, Cerro Porteño e Alianza Lima, teve a quarta melhor classificação geral entre os 16 classificados, mas perdeu o emprego por causa da situação no Campeonato Brasileiro. O tricolor ocupava o último lugar na Série A.

 

A prancheta é de Mano Menezes a partir das oitavas de final e não se trata de um técnico qualquer na história da competição. Em 2007, o gaúcho de Passo do Sobrado levou o Grêmio ao vice na Libertadores contra um Boca Juniors liderado pelo impecável Riquelme dentro das quatro linhas. Mano tem expertise no torneio e merece a confiança da torcida.

 

O River Plate cansou de Martin Demichelis. Nem mesmo a melhor campanha geral na fase de grupos, à frente dos brasileiros Atlético-MG, Palmeiras, Fluminense e São Paulo, deram estabilidade ao comandante. A Alternativa foi repatriar Marcelo Gallardo. É dele a missão de guiar os Millonarios à sonhada final em Buenos Aires, provavelmente no Monumental de Núñez, uma das arenas contantes no cardápio de opções da Conmebol.

 

O Nacional do Uruguai também aproveitou o intervalo para promover mudanças. O time encerrou a primeira fase escalado pelo ex-meia Álvaro Recoba. O novo comandante é Martin Lasarte. Como jogador, ele conquistou a Libertadores e a Copa Intercontinental de 1968 pelo Nacional. No papel de técnico, é tricampeão do Campeonato Uruguaio e levou a Universidad de Chile ao título nacional no Apertura.

 

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