Libertadores 2022: análise do sorteio dos grupos

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O sorteio da fase de grupos da Libertadores nesta sexta-feira, em Luque, no Paraguai, mostra certo equilíbrio de forças nas chaves. Em tese, o grupo mais forte é o do estreante Red Bull Bragantino. O time paulista terá como adversários três campeões continentais: Nacional, Vélez Sarsfield e Estudiantes. Um batismo de fogo para os atuais vice-campeões da Sul-Americana.

Um destaque entre os 32 candidatos ao título é a quantidade de técnicos europeus. Reflexo da receita do sucesso dos últimos campeões. O Flamengo levou o título em 2019 sob a batuta do português Jorge Jesus. O Palmeiras é bi às ordens do lusitano Abel Ferreira.

Pois bem. Concorrente do Flamengo no Grupo H, o Talleres contratou o português Pedro Caixinha. O Independendiente del Valle segue liderado por Renato Paiva. De volta ao torneio, o Corinthians chega com Vítor Pereira. O Emelec aposta no espanhol Ismael Rescalvo.

O que era moda apenas no Brasil começa a se espalhar pela América. Pedro Caixinha, por exemplo, é o primeiro português a assumir um time argentino. O treinador disputava o Campeonato Mexicano, a Liga MX, pelo Santos Laguna.

A seguir, o blog traz curiosidades e estatísticas sobre os oito grupos do torneio continental.

Grupo A

Palmeiras (Brasil)

Emelec (Equador)

Deportivo Táchira (Venezuela)

Independiente Petrolero (Bolívia)

» O charme do grupo é a presença de dois clubes comandados por mulheres. Atual bicampeão, o Palmeiras tem como presidente Leila Pereira. A gestão do Independiente Petrolero pertence a Jenny Montaño. Ela foi responsável por levar o modesto time de Sucre, da segunda divisão, ao inédito título boliviano na temporada passada. Em tese, uma chave fácil para a trupe de Abel Ferreira iniciar a caça ao tricampeonato. A altitude de 2.810m de Sucre é o maior desafio. Técnicos europeus, como ele, também. O dono da prancheta do Deportivo Táchira é o espanhol Álex Pallarés. Ele tem vários trabalhos acumulados na Venezuela e na Bolívia.

Palpite do blog: Palmeiras e Emelec

Sul-Americana: Deportivo Táchira

Grupo B

Athletico-PR (Brasil)

Libertad (Paraguai)

Caracas (Venezuela)

The Strongest (Bolívia)

» Atual campeão da Copa Sul-Americana, o Furacão terá pelo menos duas dificuldades na primeira fase. Uma delas é a tradição do traiçoeiro Libertad. O time paraguaio foi semifinalista nas edições de 1977 e 2006. Um dos destaques é o veterano Óscar Cardozo. O Athletico-PR também terá de escalar a montanha de La Paz para enfrentar o The Strongest na altitude de 3.600m, provavelmente no Estádio Hernando Siles, onde o Brasil enfrentará a Bolívia na terça.

Palpite do blog: Libertad e Athletico-PR

Sul-Americana: The Strongest

Grupo C

Nacional (Uruguai)

Vélez Sarsfield (Argentina)

Red Bull Bragantino (Brasil)

Estudiantes (Argentina)

» Estreante na Libertadores, o Red Bull Bragantino é o único da chave que jamais conquistou o título continental. O Estudiantes é tetracampeão. O Nacional tem três títulos. O Vélez conquistou a taça uma vez. Embora seja calouro, o time bancado pela multinacional de bebida energética tem como desafio repetir a campanha dos coirmãos europeus. O Red Bull Leipzig, da Alemanha, foi semifinalista da Champions League em 2020. O Salzburg alcançou as oitavas de final do principal torneio do Velho Continente nesta temporada.

Palpite do blog: Estudiantes e Nacional

Sul-Americana: Red Bull Bragantino

Grupo D

Atlético-MG (Brasil)

Independiente del Valle (Equador)

Deportes Tolima (Colômbia)

América-MG (Brasil)

» O Independiente del Valle tem no currículo título da Copa Sul-Americana e um vice da Libertadores. É um dos times mais organizados do futebol equatoriano. Segue sob as ordens do português Renato Paiva. O Deportes Tolima é um adversário colombiano. O time da cidade de Ibagué costuma dar trabalho. Estreante, o América-MG tem chance de avançar às oitavas de final, principalmente, se equilibrar os clássicos contra o Galo e arrancar pontinhos preciosos. A equipe chega fortalecida depois de passar por Guaraní e Barcelona de Guayaquil na fase preliminar da competição sul-americana.

Palpite do blog: Atlético-MG e Independiente del Valle

Sul-Americana: América-MG

Grupo E

Boca Juniors (Argentina)

Corinthians (Brasil)

Deportivo Cali (Colômbia)

Always Ready (Bolívia)

» Hexacampeão, o Boca Juniors inicia mais uma tentativa de levantar o troféu pela sétima vez e igualar o recordo de um dos arquirrivais, o Independiente. O duelo mais aguardado deste grupo é Corinthians x Boca Juniors. Ambos decidiram o título em 2012 e foram protagonistas de um duelo polêmico nas oitavas de final de 2013 com triunfo xeneize. Vice-campeão em 1978 contra o Palmeiras e em 1999 diante do Palmeiras, o Deportivo Cali é comandado por um dos ídolos do próprio time, o ex-goleiro venezuelano Rafael Dudamel, que passou pelo Atlético-MG. Vice-campeão boliviano em 2021, o Always Ready derrotou o Internacional na edição passada do torneio continental.

Palpite do blog: Corinthians e Boca Juniors

Sul-Americana: Deportivo Cali

Grupo F

River Plate (Argentina)

Colo-Colo (Chile)

Alianza Lima (Peru)

Fortaleza (Brasil)

» O Tricolor do Pici pegou uma chave complicada. O River Plate, mais uma vez comandado por Marcelo Gallardo, é um dos favoritos ao título. A camisa pesada tem quatro divisas em referência aos quatro título da Libertadores. Atual vice-campeão chileno, o Colo-Colo é outro time tradicional desta chave. Conquistou o título em 1991. O Alianza Lima foi mais competitivo no passado. Alcançou as semifinais nas edições de 1976 e 1978 da Libertadores.

Palpite do blog: River Plate e Fortaleza

Sul-Americana: Colo-Colo

Grupo G

Peñarol (Uruguai)

Cerro Porteño (Paraguai)

Colón (Argentina)

Olimpia (Paraguai)

» O tradicional Peñarol é mais um time uruguaio a tentar quebrar o impressionante jejum de títulos do país na competição continental. A última vez que um time do país levou a taça faz 34 anos. Em 1988, o Nacional superou o Newell’s Old Boys na decisão do título. A chave colocará frente a frente os arquirrivais Olimpia e Cerro Porteño. Carrasco do Fluminense na decisão por pênaltis na terceira fase, o Olimpia cobiça o tetracampeonato. O tradicional time paraguaio também tem quatro vice-campeonatos continentais.

Palpite do blog: Peñarol e Olimpia

Sul-Americana: Cerro Porteño

Grupo H

Flamengo (Brasil)

Universidad Católica (Chile)

Sporting Cristal (Peru)

Talleres (Argentina)

» Grupo aparentemente fácil, mas traiçoeiro. A Universidad Católica é atual tetracampeã do Campeonato Chileno. Portanto, é bom respeitar. O adversário esteve três vezes na chave rubro-negra. Em duas, o time carioca deu adeus na primeira fase: 2002 e 2017. Em 2010, os dois clubes disputaram uma vaga até a última rodada. O time peruano esteve seis vezes nas semifinais e decidiu o título de 1997 contra o Cruzeiro. O time é comando pelo veterano técnico Roberto Mosquera. O Talleres é o time argentino de Córdoba na chave. Tem no currículo o título da extinta Copa Conmebol de 1999 contra o CSA-AL e é comandado por um técnico português: Pedro Caixinha será adversário de Paulo Sousa. O sorteio é bom para o Flamengo, principalmente, no quesito logístico. Não haverá viagens longas pela frente.

Palpite do blog: Flamengo e Universidad Católica

Sul-Americana: Talleres

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Marcos Paulo Lima

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