Lionel Messi faz 29 anos nesta sexta-feira. Torço para que o presente de um dos maiores gênios da história do futebol seja o primeiro título com a camisa da seleção principal da Argentina no domingo, às 21h, contra o Chile, em Nova Jersey, na final da Copa América Centenário. Sou um jornalista feliz por ter visto sete vezes in loco Messi jogar. Todas a trabalho. Mais contente ainda por contar a história do jogo. Uma delas, com direito a título vestindo a camisa do Barcelona.
Lembro como se fosse hoje daquele 0 x 0 em 2008 entre Brasil e Argentina, no Mineirão, em Belo Horizonte, pelas Eliminatórias para a Copa de 2010. Foi a primeira vez que assisti a a uma apresentação da Pulga a olho nu. Encantada com o craque — e revoltada com a Seleção de Dunga — parte da torcida chegou a gritar o nome do argentino no segundo tempo. Constrangedor, mas histórico.
Dois anos depois, lá estava eu no Ellis Park, em Johanesburgo, cobrindo a Copa em outro dia histórico. Diego Maradona era o técnico de Lionel Messi na estreia da Argentina no Mundial de 2010, na África do Sul. Como Messi jogou bola. E como Enyeama fechou a meta para o craque. Vi o goleiro da Nigéria sair de campo eleito pela Fifa Man of the Match, o cara do jogo. Naquela mesma Copa, vi Messi ao vivo pela terceira vez nas oitavas de final. Novamente fiquei maravilhado com a movimentação do astro no gramado do Estádio Soccer City.
O quarto encontro com Messi foi numa festa estranha com gente esquisita. Abertura da Copa América de 2011 no Estádio Único de La Plata, na Argentina. Os donos da casa debutaram tropeçando na Bolívia. Em vez de ouvir gritos de Messi, testemunhei uma torcida apaixonada por um outro atacante. Eles clamavam por Tévez e conseguiam transformar Messi em um anti-herói nacional.
A quinta vez foi mais que especial. Sentado na tribuna do Maracanã, escrevi a crônica do dia em que Messi decidiu a vitória da Argentina sobre a Bósnia e Herzegóvina na primeira rodada da Copa de 2014. Foi um gol daqueles de levantar e aplaudir. Uma bela arrancada, como se fosse um bonequinho de corda, e um chute indefensável. Meu reencontro com Messi no quinto jogo foi ainda mais especial. Tive a oportunidade de escrever a história daquele que prometia ser o primeiro título mundial do craque. Mas Higuaín falhou na decisão contra a Alemanha. Messi também. Mario Götze não errou e deu o tetracampeonato aos germânicos.
Escrevi a crônica do vice de Messi na Copa de 2014, mas também contei a história de um título. No ano passado, cobri a final da Liga dos Campeões da Europa. E lá estava Lionel Messi com a camisa 10 do Barcelona desfilando ali, na minha frente. Messi não fez gol na decisão contra a Juventus no Estádio Olímpico de Berlim. Porém, causou danos irreparáveis na defesa da Velha Senhora. Inteligente como ele só, abriu espaço para os gols de Rakitic, Luis Suárez e Neymar.
Não vou propor e muito menos entrar na discussão se Pelé, Maradona ou Messi é o melhor da história. Longe disso… Só quero agradecer ao aniversariante do dia por poder contar um dia aos filhos da minha princesa Isabela que vi seis vezes no estádio (por enquanto) a exibição de um dos maiores de todos os tempos. Parabéns, Messi! E que o seu presente seja erguer a Copa América Centenário amanhã nos Estados Unidos. Você merece demais!
SENHOR DOS TROFÉUS
29 anos, 28 títulos
8 Campeonatos Espanhóis
4 Ligas dos Campeões
4 Copas do Rei
6 Supercopas da Espanha
3 Supercopas da Europa
3 Mundiais de Clubes