Um dos símbolos das arrancadas do Flamengo no Campeonato Brasileiro e na Copa Libertadores da América, o uruguaio Giorgian De Arrascaeta tirou um ex-presidente do Internacional do sério. Era 2015. A pedido do treinador Diego Aguirre, o Colorado disputava o jogador de 21 anos do Defensor Sporting do Uruguai com o Cruzeiro. O meia vinha de uma temporada em que havia marcado seis gols em 11 jogos, dois deles na Libertadores, e distribuído três assistências.
A diretoria do Inter teria feito todos os esforços para contratar Arrascaeta, mas tomou chapéu do Cruzeiro. A Raposa pagou 4 milhões de euros pelo craque e anunicou o reforço em 19 de janeiro de 2015. Na véspera, o presidente colorado Vitorio Piffero jogou a toalha.
“As coisas mudaram muito na negociação e sempre contrário aos interesses do Inter, aí na verdade nós abrimos mão”, disse na época em entrevista à Zero Hora.
“O Internacional vai ficar dentro do seu parâmetro (orçamentário). Que o Cruzeiro leve. Se o Arrascaeta viesse, provavelmente viria para ser banco”
Vitorio Piffero, ex-presidente do Internacional, em 2015
O curioso na explicação do dirigente é que Arrascaeta chegaria para reforçar o time reserva do Inter, não o titular. Pelo menos foi o que disse Piffero, numa tentativa de depreciar o reforço adquirido pelo concorrente e amenizar a derrota.
“O Internacional vai ficar dentro do seu parâmetro (orçamentário). Que o Cruzeiro leve. Se o Arrascaeta viesse, provavelmente viria para ser banco”, disparou Piffero, que perdeu o cargo em 2017 e foi banido do quadro de sócios neste ano por gestão temerária. Os meias do elenco à época eram Alex, D’Alessandro, Valdívia, João Paulo e Alison Farias.
Arrascaeta fez 49 gols em 186 jogos com a camisa do Cruzeiro. Saiu de lá bicampeão da Copa do Brasil (2017 e 2018) e ganhou um Campeonato Mineiro (2018). Tem 13 gols em 36 jogos pelo Flamengo na temporada. No início da temporada, Abel Braga ousou dar uma de Vitorio Piffero e deixar o uruguaio no banco, mas Jorge Jesus deu confiança ao gringo. Arrascaeta só tem menos gols do que Gabigol (31) e Bruno Henrique (18) no ano.
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